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Aeronave do Samu realiza 50 transportes em três meses

A aeronave de transporte do Samu completou, na última semana, três meses desde que iniciou suas atividades em Ponta Grossa. Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde a pedido do Diário dos Campos apontou que foram 50 atendimentos desde a inauguração do serviço até a última segunda-feira (24).

Ainda segundo esse relatório, a maior parte dos casos é clínico: foram 26 pacientes transportados nesse período, dos quais 14 foram transferidos de Ponta Grossa para outras cidades e outros 36 foram transferidos de outras cidades.

Os outros 24 atendimentos correspondem a situações de emergência, principalmente em casos de acidentes, a maioria resultante de colisões no trânsito em rodovias da região.

A regulagem do uso do transporte aeromédico feito pelo Samu inclui a transferência de pacientes entre hospitais da região. Em Ponta Grossa, há quatro hospitais com atendimento pelo SUS, cada uma com suas especificidades: Santa Casa de Misericórdia (neurologia, cardiologia e gestação de risco); Hospital Universitário (ortopedia e neurologia), Bom Jesus (neurologia e cardiologia) e Hospital Municipal (urgências de menor complexidade). O pouso do helicóptero ocorre no heliponto do HU, no aeroporto Sant’Ana ou em áreas estratégicas de uso pontual como o campo de futebol do Clube Guarani, na região do jardim América.

O diretor clínico do Samu, Rafael Brandão, explica que os resultados do serviço aeromédico têm sido positivos, mas ainda sofre ajustes. “O serviço ainda está se estabelecendo, mas foram feitos os treinamentos necessários e é um serviço de importância fundamental para a sociedade, o que podemos perceber pelos atendimentos nas rodovias, e nos transportes de pacientes entre Ponta Grossa, Curitiba e Campo Largo”, diz.

 

PRF

Para o inspetor da PRF, Vinicius de Andrade Vieira, a oferta do serviço foi um importante incremento para os trabalhos diários em rodovias. “Quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de a vítima sobreviver, essa agilidade é o diferencial desse tipo de serviço, principalmente nas longas distâncias que caracterizam nossa região. Pudemos comprovar isso em um acidente grave ocorrido no dia 1º de maio, no trevo secundário de Irati, em que esse serviço foi fundamental para que a vítima sobrevivesse”, relata.

 

Regionalização

O diretor da 3ª Regional de Saúde, Isaias Cantoia Luiz, explica que o uso de uma aeronave é muito importante para os casos de urgência e emergência nos 12 municípios da região e no entorno. Quase toda semana ocorrem os transportes aeromédicos. Mas ele entende que o serviço será ainda mais ágil quando for criado o Samu Regional. “Hoje, o Samu só está presente em Ponta Grossa e Castro. Então, toda solicitação de municípios da região acabam caindo na central de Ponta Grossa. A partir da criação de um sistema regional, que será feito em forma de consórcio intermunicipal, cada cidade teria uma equipe e uma central de atendimento do Samu”, explica.

Atualmente, a 3ª Regional responde pela saúde em 12 municípios. O consórcio funcionaria também com os oito municípios da região de Telêmaco Borba e, possivelmente, com outros da região de Irati.

 

Parceria deve agilizar socorro em rodovias

O médico coordenador de atendimento pré-hospitalar da CCR RodoNorte, Miguel Moraes Martins, explica que treinamentos em conjunto foram realizados para possibilitar a integração nos casos de urgência, e que estão sendo tomadas medidas para otimizar os atendimentos. “A CCR RodoNorte tem 60 câmeras instaladas nas rodovias da região. A PRF já faz uso direto das imagens por meio de um link de acesso. Dentro de, aproximadamente, duas semanas queremos disponibilizar um link também para o Samu”, diz.

Atualmente, o Samu precisa contatar a concessionária para saber as condições da rodovia até o local de um acidente. Com o link, será possível ter as imagens dos trechos em tempo real, abreviando a chegada do socorro. O helicóptero do Samu também já possui os dados geográficos em formato latitude e longitude nas rodovias da região, o que facilitar o deslocamento até o ponto exato da ocorrência.

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