A Polícia Civil de Ponta Grossa prendeu um advogado por ameaça e porte ilegal de arma de fogo na manhã de terça-feira (21). De acordo com a polícia, durante as investigações foi constatado que o suspeito teria feito ameaças após a negociação de um veículo que não teria dado certo. Ele teria ido atrás das pessoas envolvidas na negociação.
“As vítimas relataram ameaças através de fotos e áudios. Uma das imagens, inclusive, foram encaminhadas pelo suspeito que teria tirado uma fotografia portando um revólver em frente a residência dos familiares”, disse o delegado Fernando Jasinski.
Segundo ele, outra vítima alegou que indivíduos teria realizado disparos de arma de fogo em frente a sua residência. Durante as buscas, que compreenderam um estabelecimento comercial, um escritório de advocacia e uma residência, foram apreendidas duas armas de fogo, um revólver e uma garrucha e um simulacro.
O delegado ressaltou ainda que a arma foi arremessada pela janela quando os policiais chegaram no local com o objetivo de tentar inviabilizar a sua localização. “A diligência contou com a importante participação da Ordem dos Advogados o Brasil (OAB), através da Comissão de Prerrogativas. O advogado foi preso em flagrante pela posse ilegal das armas de fogo e as investigações sobre os demais fatos estão em fase de conclusão”, finalizou Jasinski.
OAB
De acordo com a advogada e presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB, Mariantonieta Pailo Ferraz, que acompanhou as diligências juntamente com o advogado Rubens Florenzano, membro da Comissão, todo o cumprimento de busca e apreensão foi realizado de maneira equilibrada e cautelosa. “Foi desenvolvido com muita atenção e começou somente depois que o próprio advogado abriu a porta e então a polícia apresentou o mandado”, disse.
Segundo a presidente, a OAB fez o acompanhamento o ato da prisão em flagrante, seu encaminhamento à delegacia e prestou assistência para a esposa e filho do advogado. “A Ordem encerrou sua participação no momento da lavratura do ato de prisão, não interferindo no mérito da investigação”, ressaltou.
A OAB irá analisar se o suspeito poderá perder o direito de exercer a profissão, principalmente, se se ele for condenado.