Em reunião na tarde desta terça-feira (14), uma comissão formada por servidores da saúde, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sindserv) e da prefeitura de Ponta Grossa voltaram a se reunir. Os servidores reivindicam a manutenção do pagamento de adicional de insalubridade da covid-19 de até 40% pelo menos até o final do ano. Da administração municipal participaram do encontro os secretários de Fazenda, Cláudio Grokoviski; de Governo, Sebastião Mainardes Junior; de Administração e Recursos Humanos, Mauricio Silva; o procurador Clóvis Airton de Quadros; a prefeita Elizabeth Schmidt participou do final da reunião.
No entanto, não foi possível se chegar a um acordo sobre a questão ainda no encontro. Ficou definido de que na sexta-feira (17) a prefeitura vai apresentar seu posicionamento sobre o pagamento do adicional de insalubridade da covid-19. “O nosso pedido é para que o governo busque alternativas de economia para manter o pagamento pelo menos até dezembro. Segundo o governo, isso será avaliado internamente o posicionamento deve ser apresentado na sexta-feira”, aponta o presidente do Sindserv, Roberto Ferensovicz.
“Os secretários defenderam que não tinha como manter o pagamento da insalubridade por questões de legalidade e também por falta de recursos. Argumentamos que se fosse ilegal não haveria a autorização para pagamento do adicional em folha complementar no mês de agosto. Além disso, questionamos a respeito da falta de recursos. Parece que há dois governos: um da dificuldade, que é o da Fundação Municipal de Saúde, e um governo que gasta mais de R$ 1,5 milhão com cargo comissionado”, explica o presidente do Sindicato.
Adicional de insalubridade
Conforme Ferensovicz, depois de manifestos pontuais nas unidades de saúde na última semana, nesta semana os trabalhos estão normais em todos os locais. Nesta quarta-feira (15), feriado de Aniversário de Ponta Grossa, os servidores farão uma carreata para cobrar a manutenção do adicional. A concentração será às 17 horas, na Biblioteca Municipal. De lá, eles seguem para a prefeitura.
Por conta da pandemia, a maioria dos servidores, que já recebia 20% de adicional de insalubridade em grau médio, começou a receber o grau máximo durante a pandemia, chegando a 40%. O pagamento acontece desde agosto de 2020, retroativo a abril, para mais de 1,5 mil servidores da saúde. Mas, como os níveis de contaminação diminuíram e 100% dos servidores estão vacinados, a Fundação Municipal de Saúde entende que o adicional de insalubridade devido à pandemia já não cabe mais e foi cortado no salário de agosto. O Sindicato, por sua vez, quer a manutenção do adicional em 40%, sob argumento que de a pandemia não acabou e que os servidores continuam em risco.
- Prefeitura de PG volta atrás e pagará insalubridade de agosto
- Servidores se manifestam contra corte do adicional de insalubridade