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Acidentes em altura crescem mais de 50% em Ponta Grossa

Ao longo dos últimos quatro anos, Ponta Grossa viu crescer em mais de 50% o número de casos de “queda de plano elevado”. O termo é usado pelo Corpo de Bombeiros para situações de queda com altura superior a um metro de altura, dependendo também da altura da vítima. Essas ocorrências são, por si só, preocupantes. Não raro, a vítima bate com a cabeça no chão, sofre fraturas expostas ou fica inconsciente.

Justamente por esse motivo, causa surpresa a estatística detectada a partir de levantamento feito a pedido do Diário dos Campos. De 2014 para 2017 os casos subiram de 261 para 394. A grande maioria das vítimas precisa de encaminhamento hospitalar, e muitas das situações poderiam ser evitadas.

A tenente Keyla Karas, do 2º Grupamento de Bombeiros, com sede em Ponta Grossa, explica que existem algumas orientações que podem evitar os acidentes normalmente ocasionados por imprudência ou distração. “No caso de profissionais que eventualmente trabalhem em altura, é importante o uso de equipamentos como cadeirinhas, cintos de segurança e capacetes. Para a população em geral, é preciso se cercar de alguns cuidados básicos como checar a qualidade dos materiais usados, como escadas e cordas, e contar com a ajuda de pelo menos mais uma pessoa”, explica.

Mesmo quando a atividade em altura é realizada com apoio de mais uma pessoa, há o risco de acidentes. No final do ano passado, dois funcionários de uma escola ficaram feridos enquanto montavam os enfeites de Natal para uma festa que seria dada aos alunos. Um deles caiu do alto sobre o outro, que segurava a escada.

 

Segurança

Embora não exista lei que impeça alguém de fazer um pequeno reparo em altura na própria casa, a recomendação é que serviços dessa natureza sempre sejam delegados a profissionais capacitados. A esses, os bombeiros recomendam o uso dos Equipamentos de Proteção Individual, além dos andaimes, e que os materiais usados para proteção sejam inspecionados periodicamente. “Às vezes, uma cadeirinha pode sofrer o desgaste do tempo, ou uma corda pode estar puída, com sinais deixados após passar sobre uma superfície áspera. É preciso verificar todos esses detalhes”, diz a tenente Karas.

 

Mais ocorrências

Apesar do risco que envolve a queda de alturas elevadas, o 2º GB observa, também, que muitas das ocorrências resultam em ferimentos de menor gravidade à vítima. Uma hipótese para o crescimento no número de registros é que a população passou a acionar as equipes dos bombeiros sempre que ocorre um incidente como esse. O mesmo acontece em escolas, quando mesmo uma queda de mesmo nível é suficiente para mobilizar o Siate, o que não ocorria com tanta frequência anos atrás.

Tenente Keyla: "Alguns equipamentos são indispensáveis" (Fábio Matavelli)

 

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