Já reconhecida pelos seus projetos na área de sustentabilidade, a Escola Municipal João Maria Cruz, em Uvaranas, conta agora com o programa Jardins de Mel. Trata-se da implantação de um meliponário. Nesse projeto, que envolveu a equipe pedagógica, colmeias instaladas permitem agora a criação de abelhas em escola de PG. Trata-se de espécies nativas amigáveis (sem ferrão) e que só trazem benefícios para o meio ambiente – e para o conhecimento das crianças. A atividade teve seu lançamento nesta quinta-feira (30).
Abelhas em escola de PG
A escola instalou três colmeias, uma para abelhas da espécie jataí e outras duas para abelhas da espécie mandaçaia. Além de serem inofensivas, elas ajudam o ser humano produzindo o mel, dispersando o pólen e favorecendo a produção de frutos por todos os lugares.
“É comprovado que as abelhas possuem papel fundamental para os produtos consumidos na alimentação humana. Se elas não existirem, a produção vai ser menor. Onde tem abelhas tem um ecossistema saudável”, comenta a diretora da unidade, Eliane Gualberto Carvalho.
A prefeita Elizabeth Schmidt lembrou que a escola já é “um exemplo de sustentabilidade”. “As crianças estão aprendendo e ensinando a todos a importância de termos as abelhas, o mel, a geleia real, que serão produzidos aqui, pelas abelhas sem ferrão”, disse.
Aprendendo e ensinando
Pesquisando, as crianças já reuniram informações para cartazes, textos, ilustrações e apresentações. Caroline e sua turma do 3º ano fizeram um mural sobre as abelhas. “É um mural de curiosidades. Uma delas é que as abelhas mandaçaia constroem seus ninhos em um tronco, onde armazenam muitos litros de mel”, conta ela.
100% seguro
As casinhas que funcionam como colmeias foram obtidas e instaladas por um entusiasta no assunto, Edson Maciel. “A questão ambiental é o mais importante. Quando há uma pessoa ou instituição interessada em ter a colmeia, nós buscamos o apoio de parceiros, definimos o local e fazemos a instalação. Não precisa de manejo e oferecemos o suporte, caso necessário”, conta Edson.
Surgimento
Ponta Grossa já conta com uma Lei Municipal que dispõe sobre a criação das abelhas sociais nativas. A Lei 14320/2022, de autoria do vereador Isaías Salustiano, visa incentivar a atividade. No Paraná, a primeira cidade a realizar esse incentivo foi Curitiba. O governo estadual também realiza esse fomento. “Esta lei fomenta a criação das abelhas sem ferrão, promovida sob os pontos de vista ambiental e econômico, promovendo também a conscientização a partir da escola de ensino fundamental”, comenta Salustiano. “Já temos a lei sancionada e, a partir dela, podemos buscar a implementação de recursos públicos para expandir o projeto”, considera.