A Mostra Especial do 50° Festival Nacional de Teatro (Fenata) levou o teatro a 60 instituições da cidade. A mostra passou por colégios, casas de repouso, instituições de apoio a pessoas com deficiência, penitenciária, Sesc Estação Saudade e outros locais do município. As exibições aconteceram entre 8 e 11 de novembro, promovidas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Quatro grupos participaram da Mostra Especial, vindos de várias cidades do Brasil. Ao final das apresentações, os atores conversaram com o público, explicaram o processo criativo por trás das obras, responderam perguntas e trocaram experiências.
Teatro na cidade inteira
Para Rafaela Prestes, atriz e coordenadora da Mostra Especial, esta parte da programação do Fenata é o “momento mais mágico do festival” pela possibilidade de levar peças a vários locais da cidade. “Nesta edição, chegamos a lugares onde as pessoas, principalmente as crianças, não teriam acesso ao teatro se não fosse dessa forma”, disse.
Em sua primeira participação no Fenata, o Grupo Jurubebas de Teatro veio de Manaus -AM e apresentou a peça “Tucumã e Buriti: as brocadas do Tarumã”, que reúne elementos típicos da cultura, da música e do folclore amazônico.
A peça Fada Maria, do Grupo Lampejo, de Ponta Grossa, trouxe uma forte mensagem ambiental. Fábio Bacila levou sua filha para assistir Fada Maria e gostou bastante. “É difícil encontrar obras como esta, compatíveis eticamente com o que tento ensinar em casa”, disse.
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Palhaços do Fenata fizeram sucesso
Nas outras peças que compuseram a Mostra Especial, o que dominou foi a palhaçaria. Eu, Migo e meu Umbigo, criado e dirigido por João Paulo Pires e Daniel Meirelles, do Bando Pero no Mucho (Santos-SP), por exemplo, trouxe a história de um palhaço e sua mala de recordações, tratando de temas como solidão, individualismo e a busca pelo amor.
A pedagoga Luana Souza, do Centro de Integração Empresa-Escola, disse que o público do festival é muito receptivo. “Como trabalhamos com adolescentes que, em sua maioria, estão em situação de vulnerabilidade social, é importante levar a eles acesso à cultura. O contato deles com a arte permite que resgatem sonhos, causando um impacto muito forte na vida deles”, afirmou.
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