Menu
em

2021 teve janeiro com menos pedidos de seguro-desemprego na década em Ponta Grossa

No mês passado PG também teve o melhor desempenho, total e proporcional, entre as maiores cidades do estado

Em janeiro de 2021 Ponta Grossa registrou 872 pedidos de seguro-desemprego, menor quantidade para o mês em toda a década. Até então, o melhor resultado foi justamente no início do período (2011), quando a cidade somou 1.003 pedidos do benefício concedido a trabalhadores demitidos. Os levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Economia.

O desempenho também foi o melhor entre os cinco maiores municípios do Paraná, tanto em número total, quanto proporcional. Enquanto que em Ponta Grossa 0,94% do estoque de trabalhadores solicitou seguro-desemprego no último mês, em Maringá o índice chegou a 1,34%, em Cascavel a 1,3%, em Curitiba a 1,13% e em Londrina a 1,1%.

Mês a mês

Porém, quando comparado aos meses anteriores, janeiro de 2021 registrou mais solicitações em Ponta Grossa do que dezembro (745), novembro (815), outubro (722), setembro (863) e agosto (810), mas menos que todos os anteriores (janeiro a julho de 2020).

Adriano Gonsalves, coordenador da Agência do Trabalhador – órgão que recebe os pedidos presenciais – afirma que em dezembro os destaques nas demissões foram nos setores da construção civil e serviços, além das demissões de mão de obra temporária, educação, restaurantes e outros serviços de alimentação.

“Em janeiro é difícil fazer a análise, porque os dados do Caged ainda não foram divulgados. Mas pode se supor que esses trabalhadores podem ter consigo outro emprego (temporário ou efetivo) já de imediato e não foram requerer o seguro desemprego. Só o Sine disponibilizou mais de 200 vagas temporárias para a safra de grãos (no mês de janeiro), por exemplo. Outros motivos podem ter sido uma menor quantidade de demissões de trabalhadores no mês de janeiro, ou os demitidos não possuírem direito ao benefício por não atingirem os requisitos mínimos”, avalia o coordenador.

Demissões x seguro-desemprego

Tem direito a solicitar seguro-desemprego o trabalhador que tiver sido dispensado sem justa causa, não possua outro emprego e tenha sido assalariado por um determinado tempo antes da demissão (depende de quantas vezes o trabalhador já tenha pedido o benefício), entre outras regras.

O total de pedidos não é igual ao total de demitidos, já que um trabalhador pode ter saído de uma vaga e logo em seguida ter sido contratada para outra – e, nesse caso, não tem direito ao benefício, concedido apenas à quem está desempregado. Mas, justamente por isso, pode ser um indicador isolado da empregabilidade, já que geralmente só pedem o seguro aqueles que não tem perspectiva de conseguir um emprego tão cedo.

2020 registrou mais pedidos que 2019

No ano passado a quantidade de pessoas que solicitaram seguro-desemprego em Ponta Grossa foi maior que no ano anterior: enquanto que em 2020 a cidade registrou 12.341 requerentes, em 2019 foram 317 pedidos a menos, -2,63% em termos percentuais. O mês com o maior total de solicitações foi maio (1.539) e o com o menor foi outubro (722). Em 2019 o resultado mais negativo foi o de julho (1.274) e o mais positivo foi o de dezembro (731).

O aumento nos pedidos de seguro-desemprego em Ponta Grossa ocorreu no mesmo ano que a cidade ocupou o título de maior geradora de novas vagas de emprego do Paraná, 2ª maior do Sul e 9ª maior do país. Segundo dados também do sistema do Ministério da Economia, calculado diminuindo o total de demissões do total de admissões registradas em todas as empresas do município, a cidade criou 5.626 novos postos de trabalho, resultado 6 vezes melhor que o de 2019 e que teve a maioria (80%) alocada no setor da construção civil.

3 a cada 5 brasileiros acreditam que irão manter seus empregos neste ano

Estudo realizado em todo o território nacional pela empresa Paraná Pesquisas no final de janeiro aponta que 3 a cada 5 brasileiros economicamente ativos (60,4%) acham que vão manter seus empregos em 2021. A maior parcela de segurança vem dos homens (62,9%); entre os 18,2% trabalhadores que responderam que podem perder seu emprego em 2021, 2 a cada 5 são mulheres (21,3%).

A pesquisa ainda aponta otimismo da população porque, com a pergunta central “O país encerrou 2020 com milhões de desempregados. Qual sua perspectiva com o seu mercado de trabalho para 2021?”, além dos 60,4% que afirmaram que acreditam que vão manter seus empregos e 18,2% que acham que podem ser demitidos, 10,7% acreditam que serão promovidos ou terão aumento salarial e 4,8% acreditam que conseguirão uma vaga neste ano. 5,9% responderam não saber ou preferiram não opinar.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Sair da versão mobile