Um motorista de caminhão viveu momentos de tensão ao ser feito refém durante um roubo de carga que culminou em uma operação da Polícia Militar do Paraná, em Ibiporã, no norte do estado. O crime teve início na tarde de 20 de outubro.
O funcionário da empresa de transportes, de 42 anos, seguia de Cascavel para São Paulo e foi interceptado por dois criminosos armados em um Fiat Strada prata, próximo a Andirá.
Sob constante ameaça, o motorista foi obrigado a conduzir o caminhão em direção a Ibiporã. Durante o trajeto, o grupo de assaltantes, que totalizava quatro indivíduos, realizava a transferência da carga para outros veículos. Por cerca de três horas, os produtos contrabandeados foram carregados em um caminhão menor e no próprio Fiat Strada, enquanto o motorista permanecia como refém.
Por volta das 18h, a Patrulha Rural do 18º Batalhão da Polícia Militar recebeu uma denúncia que levou à localização do caminhão em uma estrada de terra. Quando os policiais chegaram ao local, os criminosos fugiram para uma área de mata próxima, disparando contra a equipe.
Sem conseguir capturá-los imediatamente, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) foi acionado na madrugada do dia 21 para continuar as buscas, utilizando videomonitoramento e câmeras térmicas para rastrear os fugitivos.
Roubo de carga no Paraná
Durante a aproximação das forças policiais, houve uma nova troca de tiros com os suspeitos. Os agentes responderam à agressão e, após o confronto cessar, avançaram com cautela para desarmar os criminosos feridos. O Samu foi acionado para prestar atendimento, mas os autores do crime não resistiram aos ferimentos.
Na ação foram apreendidos uma submetralhadora calibre 9mm, três revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 12, dois coletes à prova de balas, um carregador de pistola 9mm, cigarros com indícios de contrabando, um bloqueador de sinal de rastreador e os veículos roubados.
O motorista, que permaneceu ileso durante toda a ação, foi libertado em segurança. A carga de cigarros e os veículos utilizados no crime foram encaminhados à Receita Federal de Londrina, e os demais objetos para a Central de Flagrantes de Londrina.