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Vídeo: legado e tradição do povo gaúcho é celebrado na Assembleia

Foto: Valdir Amaral/Alep

As tradições gaúchas, e seus ideais de liberdade, igualdade e humanidade, foram reverenciadas na Assembleia Legislativa do Paraná, na noite desta quinta-feira (17), durante uma sessão especial.

Na ocasião, por iniciativa do deputado Alexandre Amaro (Republicanos), foram homenageadas personalidades e entidades que representam a força do povo do estado do Rio Grande do Sul, e hoje integram a cultura local, colaborando na ocupação do território e no desenvolvimento da economia paranaense.

Confira a sessão solene

Segundo José Aroldo, patrão e presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG Paraná), que recebeu a homenagem em nome da instituição, no Paraná temos 340 Grupos de Tradições Gaúchas (CTGs), que contam com cerca de 60 mil associados, envolvendo a participação de aproximadamente 110 mil pessoas em suas atividades. Para ele, esse reconhecimento é um motivo de grande orgulho para todos os paranaenses. “Os gaúchos tiveram participação em todas as fases de formação do estado do Paraná”, destacou. Lembrou que as tradições cultivadas estão embasadas na valorização da família, em valores morais e éticos.

Quem estava emocionada por participar desse momento era a jovem Valentina da Silva Bugalski, 14 anos, primeira prenda juvenil do CTG Querência Santa Mônica. Ela contou que os pais se conheceram no CTG, e que seus avós também cultivavam as tradições gaúchas. Hoje, ela e o irmão dão continuidade aos costumes, sendo presença constante nos eventos. A felicidade e orgulho transpareciam nos rostos de Nycolas Eduardo, 11 anos, e Anna Júlia Raksa, 8 anos, que fizeram parte da apresentação de laço da vaca parada, atividade que serve para treinar a pontaria da criançada. “Gosto de ser gaúcha”, disse a menina. Já para Nycolas, o que mais desperta seu interesse são as danças e tocar gaita.

Um povo tradicionalista

A maioria dos dicionários definem a palavra “gaúcho” como “s.m. rio grandense do sul”. Entretanto, pesquisadores e historiadores afirmam que a definição do termo vai além de um gentílico para quem nasce no estado do Rio Grande do Sul. Defendem que essa é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais, do bioma denominado pampa, que ocorre no sul da América do Sul, Argentina, Uruguai e Paraguai, bem como, aos nascidos no RS.

Para o famoso folclorista Paixão Côrtes (João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes – 1927-2018), “gaúcho é um estado de espirito, não é um nascer, é querer ser”. Ele, que nasceu em Santana do Livramento, fronteira seca do Rio Grande do Sul com Rivera (Uruguai), foi engenheiro agrônomo, compositor, radialista e pesquisador. E, é apontado como personagem decisivo da cultura e do movimento tradicionalista gaúcho, idealizado, juntamente, com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva. O grupo fez pesquisas viajando pelo interior do estado para identificar e recuperar traços da cultura rio-grandense. Acabaram organizando a cultura e as tradição, fundando o CTG – Centro de Tradições Gaúchas, e o MTG – Movimento das Tradições Gaúchas.

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