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Vendas da indústria da região voltam a acelerar

Arrecadação de IPI cresceu nominalmente 32% neste ano, puxada pelo crescimento da fabricação de papel e celulose

A indústria dos Campos Gerais e região está dando indícios de que voltou a crescer, após o impacto negativo da pandemia que atingiu todos os setores econômicos. No primeiro semestre deste ano o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre a saída de itens da fábrica, somou R$ 159,86 milhões, valor 32% maior que o obtido no mesmo período do ano passado nominalmente (sem o desconto da inflação) – mas, ainda mais importante, também superior nominalmente do que o registrado nos últimos cinco anos.

As informações são da delegacia da Receita Federal em Ponta Grossa, que engloba 64 municípios do entorno. Enquanto que em 2021 o IPI somou R$ 159,86 milhões, no primeiro semestre de 2020 foram R$ 121,02 milhões, no de 2019 R$ 156,56 milhões, no de 2018 R$ 125,28 milhões e no de 2017, R$ 117,21 milhões.

“Em termos nominais, de 2017 para 2018 a alta do IPI regional foi de 7%, saltando para 25% de 2018 para 2019 e então caindo 22% de 2019 para 2020, devido à pandemia. Agora, vemos uma retomada de 32% comparando 2021 a 2020 e mesmo em relação a 2019, sem o desconto da inflação 2021 ainda teve um acŕescimo”, cita o delegado adjunto da unidade regional da Receita Federal, Marcelo Catarossi.

Setores

Dentro do resultado do IPI, a melhora foi puxada pelo setor de fabricação de celulose, papel e produtos de papel, que ultrapassou a fabricação de bebidas no ranking regional – segmento que detinha a liderança há pelo menos dois anos. Com isso, em 2021 a fabricação de papel e derivados já representa 31% – quase um terço – de todo o imposto pago nos 62 municípios abrangidos pela delegacia regional da Receita Federal.

Em segundo lugar aparece o setor de bebidas, com 27% (mais de um quarto do valor total) e em terceiro a fabricação de produtos de madeira, com 9%. 

“O segmento do papel e celulose foi maior destaque, se olhar os números de arrecadação. A fabricação de bebidas não diminuiu: continuou estável, mas a celulose aumentou”, complementa Catarossi. 

Resultado corrobora investimento bilionário da Klabin nos Campos Gerais

A maior representante da fabricação de papel, celulose e derivados nos Campos Gerais é a Klabin, que localmente é concentrada em Telêmaco Borba e Ortigueira. A maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e embalagens de papel do Brasil, registrou crescimento de 22% no EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo a marca de R$ 1,254 bilhão, excluídos efeitos não recorrentes.

O volume total de vendas nos primeiros três meses do ano, excluindo madeira, teve crescimento de 7% em comparação com o mesmo período de 2020, chegando a 909 mil toneladas. O crescimento das vendas no período, aliado à desvalorização do real frente ao dólar e à recuperação de preços nos mercados de celulose, papéis e embalagens, contribuíram para a receita líquida, que atingiu R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, um incremento de 34% na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

A gigante do setor está investindo R$ 12,9 bilhões na construção de uma nova unidade, chamada de Puma II, em Ortigueira. A primeira máquina do novo complexo tem início de operação previsto para esta segunda quinzena de julho de 2021. 

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