Foi iniciado nesta segunda-feira (10) o primeiro vazio sanitário de soja do Brasil, em todo o estado do Paraná. Umas das principais estratégias para o manejo do fungo causador da ferrugem-asiática da soja, o período é adotado em treze estados brasileiros e no Distrito federal, com datas diferentes estabelecidas em cada um deles.
Segundo a portaria 202/2017 da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o vazio sanitário é “o período no qual é proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja, emergidas, em qualquer estágio vegetativo”. No estado o prazo segue de 10 de junho a 10 de setembro.
Conforme explica o documento, a prática tem como importância o retardo do aparecimento e diminuição do número de focos da praga e evitar a instalação de cultivos tardios como estratégia para diminuição do número de aplicações de fungicidas e preservação da eficiência dos produtos que ainda controlam satisfatoriamente a praga.
O supervisor regional de Sanidade Agropecuária da Adapar, Diogo Galvani, destaca que a soja é o único cultivo que passa por esse período no estado. “Não temos outras pragas que tenham tanta efetividade que necessite do vazio sanitário. No caso da soja, como a ferrugem sobrevive na planta viva, a eliminação da planta diminui e retarda o aparecimento dela”, explica o engenheiro agrônomo.
Ferrugem
Segundo a Embrapa, o controle da ferrugem-asiática da soja possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra. Além da eliminação de plantas de soja voluntárias durante o vazio sanitário, as estratégias de manejo da ferrugem-asiática incluem: a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada; a utilização de cultivares com genes de resistência; o monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da cultura e a utilização de fungicidas no aparecimento dos sintomas na região afetada.