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Tecpar não tem previsão de quando vacina será aplicada no Paraná

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) ainda não tem previsão de quando deverá acontecer a realização da fase 3 dos estudos clínicos da vacina russa Sputnik V. O Tecpar será responsável pela terceira fase e deverá testar no mínimo dez mil pessoas, durante três meses, com prioridade para os profissionais de saúde. O prazo estabelecido pelo órgão era de que o início dos testes ocorresse no final de outubro, após aprovação dos órgãos regulatórios, o que não foi cumprido.

De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, o Tecpar e o Fundo de Investimento Direto da Rússia possuem um memorando de entendimento para a cooperação técnica sobre a vacina contra russa a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou. O prazo, entretanto, segundo Callado, não foi cumprido porque o Tecpar aguarda a definição do parceiro russo sobre ações de cooperação do instituto paranaense no projeto.

“A validação de uma vacina tem várias etapas e devem respeitar aspectos regulatórios e técnicos para encontrar uma alterativa com foco em prudência, na serenidade e na transparência do processo. A vacina é de interesse mundial e estamos trabalhando para que os resultados sejam os melhores possíveis para todos os brasileiros”, explanou o diretor-presidente.

Já com relação a aplicação da vacina no Paraná, Jorge Callado comenta que qualquer estimativa de previsão dependerá da realização da fase 3, da obtenção do registro da vacina no Brasil e da orientação do Programa Nacional de Imunizações, coordenado pelo Ministério da Saúde.

“Antes da realização da fase 3 dos estudos clínicos e da obtenção do registro da vacina no Brasil, consideramos prematuro falar sobre a vacinação. As vacinas registradas no Brasil serão distribuídas dentro do Programa Nacional de Imunizações, a critério a ser definido pelo Ministério da Saúde, que deverá fazer a distribuição de acordo com demanda dos Estados”, destacou.

A farmacêutica bioquímica, Elisangela Gueiber Montes, especialista em Microbiologia e Imunologia, complementa que o Paraná tem a intenção de importar as doses da vacina já no início de 2021. “Mas tudo depende da sua aprovação em fase 3. Existe a intenção também de que ocorra a produção da vacina russa no Paraná no segundo semestre de 2021”, disse a pesquisadora.

Sinovac

De acordo com a farmacêutica bioquímica, a vacina chinesa Sinovac segue em fase de teste 3 com voluntários no Paraná sob a supervisão do Hospital de Clínicas. “Para esta, em fase bem adiantada, foi anunciado pelo Instituto Butantan com um número de lotes com previsão de chegada já em dezembro e em janeiro. Deverá haver na sequência a produção da mesma pelo Instituto Butantan, através de transferência de tecnologia”, apontou.

Janssen-Cilag

Também existem voluntários no Paraná e em outros sete estados do Brasil para os testes da vacina Janssen-Cilag, da Johnson & Johnson, autorizada pela Anvisa. “Neste caso, existe uma diferença, pois não há previsão de transferência de tecnologia, para produção no Brasil.  A empresa informou que espera os resultados desta etapa dos testes até o fim deste ano ou no início de 2021”, disse Elisangela.

Aztra-Zeneca

Dez mil voluntários estão recebendo os testes da vacina de Oxford (Axtra-Zeneca) nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. “Mesmo não sendo testada no estado do Paraná, se aprovada, é possível que seja adquirida pelo país e liberada aos estados via Ministério da Saúde. A FioCruz disponibiliza de tecnologia para processar, distribuir e também fabricar esta vacina”. Já a vacina da Pfizer-Wyeth produzida nos Estados Unidos e na Europa está sendo testada no Brasil nos estados de São Paulo e Bahia, conformou apontou a pesquisadora.

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