Termina no próximo dia 5 de maio o prazo para os produtores rurais realizarem o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O documento é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem por finalidade integrar informações ambientais, criando assim um banco de dados nacional para planejamento ambiental e econômico. Das 218 mil propriedades paranaenses, 41% dos imóveis foram inseridos no sistema até o mês passado, segundo relatório do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Como o prazo já foi prorrogado uma vez, quem perder a nova data terá dificuldades em acessar linhas de crédito rural para financiar o custeio, comercialização e investimentos nas lavouras, inclusive contar com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), entre outros.
O presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, orienta os agricultores para que façam o Cadastro. É importantíssimo que o Cadastro Ambiental Rural seja feito. Quem não fizer dentro do prazo terá muita perda, diz.
Ele recomenda que em caso de dificuldade o produtor procure ajuda de um técnico para preencher o documento, pois o mesmo não pode conter erros. Para fazer o cadastramento basta acessar a página eletrônica (www.car.gov.br) e informar uma série de dados, como existência de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
Palestras
No ano passado, várias entidades de classe realizaram palestras sobre o assunto, como forma de auxiliar os produtores rurais. O Sindicato Rural, por exemplo, realizou três orientações, inclusive trazendo para as reuniões especialistas no assunto.
Propriedades rurais precisam estar incluídas no CAR até 5 de maio Foto: Divulgação
Informação
Especialista alerta para cuidados no preenchimento
Apesar do Cadastro Ambiental Rural (CAR) constar como exigência desde 2012, muitos produtores ainda têm dúvidas na hora de preencher o documento e, por isto, alguns recorrer a especialistas.
Segundo a engenheira florestal, Mariana Schuchovski, toda informação, quando nova, leva tempo para ser assimilada e também exige conhecimento técnico para resolver o problema. É um processo novo que exigirá adequação dos proprietários rurais, diz ela que é proprietária da Verde Floresta, consultoria ambiental e florestal, especializada em realizar o CAR.
Não há obrigatoriedade em contratar um profissional para executar o CAR, pois o programa é disponibilizado pelo governo, mas muitos produtores preferem contar com assessoramento especializado para evitar retrabalho, resolver o problema deforma segura e confiável, diz.
A empresária explica que uma das principais dúvidas e motivo de erro de preenchimento do formulário é a questão técnica da sobreposição das áreas no mapeamento. Em muitos casos há divergência entre os dados da matrícula do imóvel e as informações georreferenciadas. (Das Assessorias)