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Semana de Campo reunirá produtores de feijão e milho em Ponta Grossa

O projeto Centro-Sul de Feijão e Milho, programa que está completando 30 anos e é fruto de uma parceria entre a Syngenta, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, Embrapa, Instituto Agronômico de Campinas e Prefeituras Municipais, promoverá nos próximos dias a 21ª Semana de Campo, encontro que reúne produtores e profissionais das cadeias produtivas para debater temas centrais do projeto. A preservação do meio ambiente, o manejo do solo, novas cultivares de feijão e híbridos de milho, manejo integrado de pragas e controle de doenças são alguns dos assuntos a ser discutidos pelos 1.600 participantes da Semana.

De acordo com Germano Kusdra, coordenador estadual do Projeto Centro Sul de Milho e Feijão, os agricultores terão a oportunidade de conhecer novas tecnologias que podem melhorar a produtividade e aumentar a renda das lavouras. Serão apresentados 32 novos materiais, entre variedades de milho e feijão. "O produtor vai conseguir visualizar as tecnologias que estão ao seu alcance para aumentar a produtividade. São sete estações com os técnicos e pesquisadores orientando sobre o manejo de solo, plantas de cobertura, plantio direto, manejo integrado de pragas do feijão, controle de doenças, plantas invasoras e pragas do feijão e do milho", afirma Kusdra.

Além de variedades de feijão e milho, uma das novidades deste ano é a apresentação de resultados e do protocolo do MIP (Manejo Integrado de Pragas) do feijão. De acordo com Kusdra, até a realização desse trabalho, não havia orientações específicas para o Paraná. "Esse protocolo é o resultado do acompanhamento das últimas cinco safras no estado", observa. O extensionista lembra que produtores do projeto que aplicaram o MIP, por exemplo, conseguiram reduzir sensivelmente a aplicação de inseticidas.

"Houve casos em que não foi feita nenhuma aplicação, pois o acompanhamento indicava que as pragas não estavam causando prejuízo para as lavouras", conta Kusdra. Segundo ele, a função do MIP não é apenas reduzir o uso de agrotóxicos, mas também definir o produto certo, no momento adequado. "Isso reduz os custos das lavouras, porque diminui o gasto com produtos, mão de obra, maquinário e amassamento da cultura", alerta.  Kusdra informa que, de maneira geral, o número de aplicação de inseticidas nas áreas dos agricultores do projeto reduziu de três para uma aplicação.

Os profissionais do projeto também orientam os agricultores sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e recolhimento de embalagens para evitar intoxicações e contaminação do ambiente. Esta ação conta com a parceria da Assocampos (Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários dos Campos Gerais) e da empresa Vest Segura.

Produtividade

O Projeto Centro Sul de Feijão e Milho vem sendo levado aos produtores há 30 anos. "O trabalho começou com uma ação conjunta da Emater com a Syngenta sobre o uso correto de agrotóxicos e segurança na aplicação. Depois vieram as orientações sobre o plantio direto e, posteriormente, tecnologias de produção de feijão e milho adequadas ao produtor familiar", lembra Kusdra.

Ele informa ainda que os ganhos em produtividade são notórios. Enquanto a produtividade média nacional de feijão na safra 2018/2019 ficou em 1.031 kg/ha, a estadual 1.551 kg/ha, os produtores  que participaram do projeto colheram 2.111 kg/ha. No caso do milho os números também revelam um aumento significativo. Dados da Conab informam que  a produtividade média nacional na última safra chegou a 5.718 kg/ha. No Paraná a média ficou em 6.394 kg/ha. Agricultores do projeto conseguiram atingir a produtividade de 8.816 kg de milho por hectare.

O Projeto Centro Sul de Feijão e Milho mobiliza uma equipe de 50 técnicos do Instituto Emater, além de profissionais de prefeituras, em 46 municípios do estado nesta safra 2019/20. Ao todo, 2.000 agricultores familiares são acompanhadospelos extensionistas, além de produtores que participam ocasionalmente de alguma atividade do projeto.

 

 

 

 

 

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