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Seguro rural tem baixa de área, mas alta de valores na região

Em relação ao primeiro semestre da safra passada, nesta a área amparada diminuiu 7,6%, mas o valor amparado cresceu 30%

Foto: Arquivo DC

Cada vez mais, menos produtores rurais vêm contratando seguro rural na região dos Campos Gerais; porém, ao mesmo tempo, muitos têm feito um investimento maior para os seus contratos – pelo menos no primeiro semestre de cada safra.

Isso é o que aponta um levantamento feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados do Banco Central, englobando todos os tipos de seguro registrados nos 18 municípios que são considerados como integrantes do núcleo regional de Ponta Grossa, lista delimitada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

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Avaliando o primeiro semestre de cada safra (jul-dez), desde 2019 a área segurada e o total de contratos estão diminuindo, mas em 2021 o valor amparado subiu, ficando em um patamar até mesmo acima daquele do ano pré-pandêmico.

A área baixou de 25.190 hectares na primeira metade da safra 2019/2020 para 17.336 hectares (-31%) na safra 2020/2021 e 16.020 hectares na safra 2021/2022.

O total de contratos, que era de 2.067 há três anos, reduziu 14,5% no período de julho a dezembro de 2020, ficando em 1.766, e mais 6,1% no mesmo período de 2021, fechando a primeira metade do ciclo produtivo em 1.658 contratos.

Em contrapartida, o valor amparado era de R$ 79,78 milhões no início da safra de 2019, R$ 68,51 milhões no início da safra 2020 e agora está em R$ 89,166 neste safra iniciada em 2021.

Cada vez mais tarde

Os dados também apontam que as contratações têm sido feitas cada vez mais tarde. Enquanto que na safra 2019/2020 86,3% dos contratos foram fechados no primeiro semestre do ciclo produtivo, na safra seguinte o percentual caiu para 79,15%. 

A título de curiosidade, comparando os contratos feitos no primeiro semestre da safra 2021/2022 com o total da safra 2020/2021, a participação é ainda menor, de 74,3%.

Safras cheias

O clima é o principal fator de risco para a produção rural, e na última safra uma série de condições adversas aconteceram: seca, chuvas em excesso e frio fora de época, por exemplo. Mas, diferente da expectativa, naquele momento este cenário não impactou as contratações de seguro rural da região, já que a safra 2020/2021 registrou menos adesão do que a anterior.

De julho de 2020 a junho de 2021 foram assinados 2.231 contratos nos 18 municípios que integram o núcleo regional, 6,7% a menos do que no mesmo período da safra anterior, quando 2.393 seguros foram garantidos na região. Com isso, de 32.477 hectares de área amparada na safra 19/20, em 20/21 o total foi 21% menor, totalizando 25.665 hectares. O valor amparado, que era de R$ 96,55 milhões na safra anterior, somou R$ 93,88 milhões neste último período produtivo, uma retração de 2,7%.

Seguro rural

O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal. Ao contratar uma apólice, as perdas podem ser minimizadas ao recuperar o capital investido na sua lavoura.

A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa e permite ainda a complementação dos valores por subvenções concedidas por estados e municípios. Os tipos de cobertura, percentual de subvenção e limite anual variam de acordo com as atividades seguradas.

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