Dias consecutivos de transtorno estão fazendo parte da vida de quem usa a rodovia entre Curitiba e Ponta Grossa. Obras na BR-277, na região de São Luiz do Purunã, causaram ontem (24) e hoje (25) filas com aproximadamente 30 quilômetros de congestionamento, afetando especialmente o trecho entre a capital e Campo Largo.
Diversos motoristas reclamam da situação nas redes sociais. Uma usuária da rodovia que estava no congestionamento entrou em contato por telefone com a redação do DCmais questionando: até quando vai a obra?
A reportagem obteve retorno do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no final da tarde desta quarta-feira (25). A Autarquia informou que estão sendo executados na região serviços de recuperação da pista de rolamento (pavimentação) e que “a previsão é que esta etapa siga até sexta-feira (27)”.
O DNIT diz sugerir horários alternativos para a execução das obras: antes das 7h e a partir das 19h. “Entretanto, os trabalhos ocorrem também em horário comercial”, avisa o comunicado.
Outros casos
O problema é que usuários das rodovias paranaenses estão convivendo com transtornos há mais de um mês. No final de novembro, deslizamentos de terra causaram interrupção do tráfego na Serra do Mar (BR-277). Um mês depois, bloqueios foram realizados pela mesma razão na BR-376, entre o Paraná e Santa Catarina.
Outro exemplo ocorreu nesta quarta, nos Campos Gerais. Uma cratera se abriu no acostamento da BR-373, na cidade de Guamiranga.
Colapso
Os fatos sugerem que as rodovias paranaenses podem estar chegando ao colapso. DNIT e DER-PR têm atuado nas manutenções, mas não sem as reclamações dos usuários. Alguns motoristas, via redes sociais, até mostram bom humor para afirmarem que ‘sentem falta do pedágio’.
Pedágios
No entanto, o novo modelo do pedágio permanece em discussão entre Governo do Estado e Governo Federal – frisando que houve mudança na presidência da República e que os grupos políticos envolvidos têm ideias divergentes para a concessão.
Neste mês, o governador Ratinho Júnior encontrou o ministro Renan Filho, afirmou que as discussões estão avançadas para a liberação do leilão dos primeiros lotes e que o objetivo comum da União e do Estado é manter a modelagem que prevê um pacote grande de obras, tarifas mais baixas em relação às praticadas anteriormente e disputa na Bolsa de Valores.
Entretanto, no mesmo dia, o presidente estadual do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, divulgou nota desmentido o suposto acordo entre o Governo do Paraná e a União.