Para muitas pessoas, a denominação Drosophila Suzukii não quer dizer nada. Mas, para os produtores de morango, representa muito e pode ser traduzida em uma única palavra: prejuízo!
Esse é o nome científico de uma pequena mosca oriunda da China e que, na última década, se espalhou pelos países da Europa, América do Norte, até chegar ao Brasil, em 2014.
Uma das primeiras regiões produtoras a sofrer com os efeitos do ataque do inseto popularmente conhecido como a drosófila da asa manchada foi a região de Vacaria, no Rio Grande do Sul. Porém, a maioria das localidades que produzem o morango no Sul do Brasil já tinham o problema, mas ainda não sabiam o que era, explica o engenheiro agrônomo e chefe do Escritório Municipal da Emater em Nova Petrópolis, Luciano Hamilton Ilha.
O alto poder de destruição desta praga está nas larvas, que nascem dos ovos que a mosca coloca na fruta, mesmo que ela ainda não esteja madura e longe da fase de ser colhida.
A larva nasce dentro do morango e, apesar de ser quase imperceptível ao olho humano, vai consumindo a polpa. O morango apodrece rapidamente e seu interior se deteriora. Conforme dizem os agricultores, o morango derrete.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), primeira a identificar a praga no Brasil, foram identificados dois ou três focos em 2014. No ano seguinte, a maioria das lavouras do Sul do Brasil apresentavam algum nível de ataque da praga.
A preocupação com o controle foi tão grande que levou a instituição a fazer um intercâmbio com a Universidade da Carolina do Norte, que enviou a pesquisadora Hannah Burrack ao Rio Grande do Sul para efetuar, emergencialmente, estudos com a mosca e criar um procedimento básico de controle.
Feira
O Rural Show acontece de 7 a 10 de julho, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. O evento é organizado pela Cooperativa Piá, em parceria com Emater e a Prefeitura de Nova Petrópolis.