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Robô desenvolvido na UEPG é apresentado em congresso na Ásia

 

Um pequeno robô desenvolvido na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), capaz de coletar amostras do solo e da vegetação em áreas abertas de fazendas, foi apresentado na Conferência Mundial sobre Computadores na Agricultura (World Conference on Computers in Agriculture – WCCA 2012). O robô, chamado de Navigo, foi criado para atuar em fazendas de pequeno tamanho na análise do clima, do solo e das plantas. 

Trata-se de um “trabalho de georreferenciamento para obter a posição global do robô no momento de cada coleta”, disse o professor Ariângelo Hauer Dias, pró-reitor de Assuntos Administrativos da UEPG e orientador do mestrado em que foi desenvolvido o protótipo. “O objetivo é criar um modelo de baixo custo que possa ser usado de maneira eficiente por pequenos e médios agricultores”, explica. 

Desenvolvido no âmbito do mestrado em Computação Aplicada – Computação para Tecnologia em Agricultura, o trabalho teve desenvolvimento com a participação do professor Ivo Mário Mathias, do Departamento de Informática da UEPG, e dos orientandos do mestrado, Anderson Estevam da Rosa, Daurimar Mendes da Silva, e Idiomar Augusto Cerutti. 

A ideia do projeto veio a partir da análise do desenvolvimento atual da computação, bem como do fato que, no Brasil, não há nenhum pequeno sistema de robótica disponível para desempenhar serviços na agricultura, segundo Ariângelo Dias. “Por isso”, acentua, “definimos o desenvolvimento de um protótipo com esse propósito”. 

SOLUÇÕES GEORREFERENCIADAS – O professor diz que, com a incorporação de soluções georreferenciadas à rotina de várias áreas, aumentaram as possibilidades do uso dessa tecnologia na agricultura, com aplicação no monitoramento. “O projeto, com a criação do robô de campo Navigo, vem sendo desenvolvido usando hardware e software, baseado num modelo de fonte aberta (acesso livre), para que o usuário da comunidade possa copiar, contribuir, estudar, modificar e redistribuir, de acordo com as necessidades de cada aplicação”. 

Apesar do baixo custo das peças, o professor Ariângelo conta que existem dificuldades para importá-las. “São valores pequenos que tornam difícil justificar a necessidade da aquisição de peças no exterior junto aos órgãos de fomento à pesquisa”. Mas é justamente este o objetivo do robô: ser barato. 

O pesquisador conta que teve a ideia da construção do robô quando assistiu a uma reportagem que mostrava vários trabalhadores se deslocando em espaços de lavoura para realizar diferentes tarefas na área. “O que imaginamos é a construção de robozinhos que façam coletas de forma autônoma e colaborem com informações em áreas de agricultura. É a evolução da agricultura de precisão”. 

PRÓXIMO PASSO – Ariângelo Dias explica que ainda é preciso fazer o robô enxergar, para que possa se deslocar e fazer análises. Usando o conceito de cardume, o orientando Odilon Zapp Junior está desenvolvendo pesquisa para criar pequenos robôs de campo que se movimentem na mesma área e ao mesmo tempo sem o perigo de colisões. 

A conferência, promovida pela Federação Asiática para Informação em Agricultura, reuniu cerca de 300 delegados de várias partes do mundo que compartilharam conhecimentos e experiências na área da tecnologia aplicada à agricultura. A maioria, segundo ele, busca soluções para melhorar o nível de produtividade. “Eles investem na miniaturização para solucionar problemas que afetam os espaços de plantações”.

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