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Rio Tibagi está com um terço da profundidade normal

Foto: Arquivo DC

Um dos principais rios a cortarem Ponta Grossa, o Rio Tibagi está com cerca de um terço dos níveis normais de água. Historicamente, sua bacia tem média de 227 centímetros de profundidade. O nível atual está em 82 centímetros. O dado reflete as consequência da maior estiagem registrada no Paraná nos últimos 22 anos, cujos efeitos ainda são percebidos. Essa medição pode ser conferida na plataforma Hidroinfoparaná, divulgada nesta semana pelo Instituto Água e Terra (IAT).

Por meio do sistema, atualizado em tempo real, já é possível conferir as informações de 59 bacias hidrográficas, dentre as 80 que estão no radar on-line. Aos poucos todas as outras 450 estações de medição, que ainda são manuais, também devem ser incluídas no novo formato para consulta. Um sensor instalado nos rios monitorados manda informações a um equipamento que, por sua vez, as repassa via satélite.

Na prática, as estatísticas permitem verificar de que forma as chuvas normalizam os níveis dos rios, ou o quanto eles estão sofrendo os efeitos de estiagem. As estações de monitoramento hidrológico permitem que os governos tracem estratégias de resposta.

O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, explica que a baixa dos níveis dos rios impacta em políticas públicas. “Fica mais fácil para a sociedade compreender medidas como a proibição da pesca e da queima da cana-de-açúcar, por exemplo, decisões influenciadas por baixa umidade do ar e baixa precipitação nos rios”, disse.

O sistema permite notar que, nesta quinta-feira (24), apenas três baicas hidrográficas do Paraná estão com níveis acima da média: os rios Porto Londrina, Cebolão e Chácara Ana Claudia, todos no Norte do Estado.

Tempo real

A chefe do Núcleo da Inteligência Geográfica e da Informação do IAT, Jaqueline Dorneles, explica que a ferramenta foi criada com o objetivo de acompanhar onde chove. “As estações mostram de forma remota e em tempo real em que altura está o nível do rio, indicando o quanto choveu no período. É uma forma, também, de dar transparência para a população, mesmo porque a ajuda da sociedade é fundamental para superar a crise hídrica em que vivemos atualmente”, explicou. A plataforma pode ser consultada no site do IAT.

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