Agricultores de Ponta Grossa e região dos Campos Gerais se reuniram na última terça-feira (22) para discutir o planejamento das safras. O evento promovido pela empresa Belagrícola reuniu mais de 200 produtores, que participaram das discussões de novos investimentos na área rural.
O palestrante Gil Câmara apresentou as etapas que os agricultores devem se preocupar antes de plantarem. “Temos que ter um planejamento em mente para que se tenha uma boa colheita posteriormente. São vários pontos que devemos nos preocupar, desde a escolha do solo até a semente que será plantada”, explica. O palestrante é engenheiro agrônomo, pesquisador nas áreas de produção vegetal de soja e cana-de-açúcar com foco em fitotecnia, ecofisiologia, fixação biológica de nitrogênio, fenologia e nutrição vegetal.
Câmara esclarece que primeiro o produtor deve ter uma visão geral da propriedade e escolher o local que será plantado o grão. Depois disso, deve ser analisado o solo para saber o potencial da terra, seguido de uma boa escolha de semente para aumentar a produtividade do que for plantado.
“A estabilidade do local é um fator importante para se ter uma boa colheita. Você deve conhecer o clima da região, quais são as safras que são boas para serem plantadas e quais épocas. Não adianta querer plantar algo em que a terra não está preparada, será um gasto desnecessário”, revela.
O agricultor, João Menezes, acompanhou o evento para entender como construir o planejamento das plantações que ele irá fazer esse ano. “Nós devemos sempre acompanhar as atualizações do mercado e nos prepararmos para ter a melhor colheita de todos os tempos. Então o objetivo é sempre investir em qualidade para resultar em lucratividade no futuro próximo”, conta.
Safras
No Brasil, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano deve ser 3,1% maior do que a produção de 2018. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que prevê uma produção de 233,4 milhões de toneladas. A safra de 2018 ainda não foi calculada, mas a última previsão do IBGE, feita em dezembro, indica que o ano fecharia com uma produção de 226,5 milhões de toneladas, 5,9% inferior ao total de 2017.
Segundo o IBGE, para este ano são esperados crescimentos para a soja (0,8%), as duas safras de milho (2,6% para a primeira safra e 11,1% para a segunda safra), para a segunda e a terceira safras do feijão (6,2% e 2,4%, respectivamente) e para o algodão herbáceo (6,6%). No entanto, devem ter queda as produções de arroz (-4,8%), feijão primeira safra (-10,8%), trigo (-3,9%) e sorgo (-0,7%).
