Na avaliação do presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, o crescimento de 3,1 % mostra um movimento de recuperação do setor industrial paranaense. Esse movimento vem puxado pelas indústrias de material de transporte, material elétrico e de telecomunicações, refino de petróleo e álcool, produtos químicos em geral e minerais não metálicos, utilizados na construção civil, afirma.
Segundo Lourenço, a queda de 1,1% na produção industrial do Paraná no segundo trimestre é explicada pela retração da indústria no mês de maio (cerca de -6%). A política de restrição de crédito e de sobrevalorização do real tiveram impacto nos setores gráfico, de móveis, bebidas e celulose que influenciou todo o período. Mas o crescimento apresentado em junho dá mostras da recuperação da produção industrial do Estado, diz.
TENDÊNCIA Para o segundo semestre, o presidente do Ipardes afirma que três fatores principais vão ter impacto na produção paranaense: a crise internacional, a política macroeconômica federal e o ambiente de negócios no Paraná. Apesar de os dois primeiros serem empecilhos, a tendência é de que o bom ambiente para a realização de negócios que se restabeleceu no Paraná desde o início do ano e o interesse do governo do Estado em trabalhar em parceria com o setor produtivo sejam capazes de fortalecer as indústrias aqui instaladas e atrair novos empreendimentos, afirma.