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Produção florestal movimenta quase R$ 1 bilhão por ano nos Campos Gerais

Região de Ponta Grossa concentra maior área plantada do Paraná, somando 37,5% de todos os hectares de pinus e eucalipto e áreas em corte raso ou recém-plantadas

Mesmo ocupando apenas 5% da área territorial do Paraná, as florestas plantadas fazem do Estado um dos líderes nacionais em cultivo, produção, industrialização e exportação – e o “coração” do setor está nas cidades que compõem os Campos Gerais: o núcleo regional de Ponta Grossa, delimitação feita pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e que engloba 18 municípios, detém 37,5% de toda a área paranaense plantada neste ano. Isso corresponde a mais de 1 a cada 3 hectares de pinus e eucalipto e áreas em corte raso ou recém-plantada de todo o estado.

Os dados e imagens constam no Estudo Setorial 2020 da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) – entidade que, inclusive, é presidida pelo ponta-grossense Álvaro Scheffer Jr., da empresa Águia Florestal.

O documento segmenta o estado em sete polos florestais, definidos como “resultado de uma dinâmica de mercado, em que uma relação de oferta e demanda por matéria-prima e determinados serviços se evidencia em uma região geográfica”. São eles: Lapa, Guarapuava, General Carneiro, Vale do Ribeira, Ponta Grossa e Telêmaco Borba, Sengés, sendo os três últimos pertencentes aos Campos Gerais.

Riquezas e empregos

De acordo com a Apre, através desses polos locais, que somam 31 cidades, quase R$ 1 bilhão de riquezas foi gerado pela madeira no ano passado, já que o Valor Bruto de Produção (VBP) florestal somou R$ 916 milhões em 2019 na região. No total, são 892 empresas – sendo a maior parte (46%) no polo de Ponta Grossa, 35% no de Telêmaco Borba e 19% no polo de Sengés.

Juntas, elas empregam 25.170 pessoas, em ordem invertida à proporção regional de empresas: metade (50,6%) dos empregos do setor são concentrados no polo de Telêmaco Borba, 26,1% no de Sengés e 23,3% no de Ponta Grossa.

Essa inversão é explicada pela área plantada de cada polo regional: o de Telêmaco Borba soma também praticamente a metade (49,5%) dos 444 mil hectares totais dos três polos que compõem os Campos Gerais, enquanto que o de Sengés é responsável por 30% e o de Ponta Grossa, 20,5%.

“Para cada hectare de floresta plantada para fins produtivos, a Apre possui praticamente outro de floresta nativa destinada à conservação”, destaca a entidade

“No Paraná, as regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina e Cascavel concentram as empresas florestais do Estado. […] Polos como Sengés e Telêmaco Borba apresentam extensas áreas de plantios e menor número de empresas. […] Os empregos no setor de florestas plantadas no Paraná estão, em maior parte, em Curitiba, Ponta Grossa e Campos Gerais, além das regiões de Sengés, Telêmaco Borba, Guarapuava e General Carneiro”, destaca o estudo.

“A cada 5 kg de papel consumidos no Brasil, 1 kg é oriundo do Paraná”, diz a Apre

Cadeia produtiva

Segundo a Apre, a cadeia produtiva do setor de base florestal plantada no Paraná possui como ponto de partida os plantios florestais de pinus e eucalipto. “Os plantios de pinus e eucalipto no Paraná fornecem matéria-prima para as cadeias produtivas de celulose, papel, painéis reconstituídos, compensados, madeira serrada, energia e produtos de maior valor agregado (piso de madeira sólida, portas e janelas, molduras, madeira engenheirada, entre outros), sustentando uma atividade econômica complexa e diversificada de produtos, aplicações industriais e serviços”, destaca o estudo da associação.

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