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Produção de feijão deve aumentar 29% na região

O cultivo do feijão deve ser o grande destaque da safra 2019/2020 em Ponta Grossa e região na comparação com o ano passado. O último estudo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) estima que a primeira safra produza 72.160 toneladas, 26% a mais do que as 55.950 registradas no período 2018/2019. Com este resultado a região segue na liderança da produção de feijão do estado, sendo responsável por 24% do total paranaense.

Apesar desta grande alta, a área produtiva deve registrar um crescimento leve, de 5%, passando de 31.310 hectares para 32,8 mil hectares e, consequentemente, aumentando a sua participação no estado de 19% para 22% – continuando como a região com a maior área produtiva do grão entre as 21 de todo o Paraná.

O indicador que explica a previsão de aumento de 16,2mil toneladas nesta primeira safra de feijão é o aumento no aproveitamento da produção. Enquanto a safra anterior rendeu uma média de 1.787 quilos por hectares, para este período o Deral estima que seja alcançado um índice de 2.200 kg/ha. A variação de 23% deve colocar os municípios da região de Ponta Grossa na segunda colocação de rendimento do estado, atrás apenas de Curitiba, onde a equipe técnica da Seab prevê que a produção renda 2.465 kg/ha.

Conforme lembra o economista do Deral Luiz Alberto Vantroba, no ano passado a estimativa inicial de rendimento era a mesma de agora para a região. “A previsão da safra 17/18 não se concretizou porque no ano passado registramos uma safra ruim. Mas agora, considerando condições climáticas favoráveis, devemos chegar à média de 2.200 kg/ha na colheita que já deve ser iniciada em breve”, ressalta o técnico.

Opção de plantio

A quantidade de toneladas produzidas de feijão vinha caindo na região desde a safra 2017/2018. Segundo o economista do Deral Luiz Alberto Vantroba o crescimento previsto agora se dá por conta de os produtores optarem por aumentar o plantio já no início para fazer ainda uma segunda safra. “Se ele planta o milho, que tem um ciclo mais longo, não consegue fazer duas safras. Aqueles que optam por duas primeiro investem no feijão e agora que iniciam a colheita em dezembro decidem qual a próxima cultura a ser plantada, se soja, novamente o feijão ou o milho – neste caso, o famoso safrinha”, explica ele.

“A escolha depende da probabilidade de preço de mercado, geralmente. Se hoje a soja está com um preço de balcão de R$ 80, mas daqui um mês aconteça um fato novo e suba para R$ 100, o produtor deve fazer sua segunda safra com ela”, exemplifica Vantroba.

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