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Preço do milho dispara mais de 70% em um ano no PR

Entre os quatro grãos mais cultivados nos Campos Gerais esta é a maior alta, seguida do trigo (+38,8%) e da soja (+30,8%)

A saca de 60 kg do milho fechou a semana passada cotada em R$ 85,33 (Foto: Arquivo DC)

Desde o início da pandemia a economia brasileira vem sofrendo com a desvalorização do real e a alta da inflação em produtos e serviços de todos os segmentos. No caso do milho, por exemplo, em um ano o grão teve o seu preço valorizado em 71%, considerando o levantamento diário de intenção de compra do mercado atacadista em 17 de setembro de 2020 e de 2021.

De R$ 38,19 no início de 2020, a saca de 60 kg passou a R$ 49,89 em setembro de 2020, R$ 71,54 em janeiro deste ano e agora gira em torno de R$ 85,33. O levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base no histórico da cotação diária calculada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de AGricultura e Abastecimento (Seab).

Esta alta, de 71% em um ano, é a maior dentre os quatro grãos mais produzidos nos Campos Gerais. Em segundo lugar vem o trigo, que no mesmo período ficou 38,78% mais caro e subindo de R$ 48,56 no início de 2020 (a saca de 60 kg) para R$ 87,92 atualmente, e em terceiro a soja, que de setembro de 2020 para 2021 teve uma valorização de 30,83%, com a sua saca custando atualmente R$ 160,46, R$ 82,11 a mais do que no começo do ano passado.

Dentre os principais grãos da região o feijão preto foi o único que acumula baixas, de 9,38% neste ano e 0,97% no período de um ano. Porém, isso se deve ao estouro que ele sofreu no ano passado, quando encareceu 86% de janeiro a setembro. De R$ 132,89 em janeiro de 2020, a saca de 60 kg do feijão subiu para R$ 247,27 em setembro/2020, R$ 270,20 em janeiro de 2021 e agora está cotada em R$ 244,85.

Impactos para o consumidor

Estas altas nas vendas ao mercado atacadista têm reflexos também para os consumidores, apesar de serem em quantidades diferentes devido a passarem por diversos intermediadores. 

Levantamento mensal dos preços no varejo pagos pelos consumidores também elaborado pelo Deral aponta que no caso do milho, por exemplo, enquanto que o grão subiu 71% de setembro a setembro, o óleo de milho vendido ao consumidor encareceu 63,5% (900 ml). Em janeiro do ano passado era vendido, em média, por R$ 7,02 no Paraná e foi encarecendo até chegar ao patamar de R$ 13,46 no último mês.

O óleo de soja, que iniciou 2020 em uma média de R$ 3,57 (900 ml), atualmente custa cerca de R$ 7,45 no estado. A maior alta foi de janeiro a setembro de 2020, quando subiu 60,78%.

Já a farinha de trigo ficou 27,4% mais cara em um ano, tendo aumentos progressivos desde janeiro de 2020 (R$ 2,60/kg) até agora (R$ 3,72/kg).

O feijão, que de janeiro a setembro do ano passado disparou 42,63% e 10,32% desde então, acumula uma leve queda de -1,91% neste ano, ficando em uma média de R$ 7,16/kg.

Safra

A alta no preço do milho deve aumentar o cultivo do grão nesta safra de verão nos Campos Gerais. A estimativa do Deral é que haja um aumento de 10% da área produtiva da cultura nos 18 municípios que pertencem ao núcleo regional delimitado pela Seab. Com +24% de rendimento no comparativo com o ano passado, a tendência é de que sejam produzidas 365 toneladas a mais de milho neste ano.

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