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Preço da carne no Paraná subiu 5 vezes mais que a inflação brasileira

O aumento da média de preços foi de 26,1% em um ano

A carne foi um dos produtos que ficou mais barato em agosto de 2022 (Foto: Arquivo DC)

Desde o ano passado o poder de compra do brasileiro tem diminuído progressivamente. Entre os alimentos e os produtos considerados básicos uma dos maiores “vilãs” do bolso tem sido as carnes: em um ano o preço médio subiu nominalmente (sem o desconto da inflação) 26,1% no Paraná, sendo o maior aumento nominal na carne bovina (28,96%).

O cálculo foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados do levantamento mensal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), que registra os preços pagos pelos consumidores na compra de produtos agropecuários “in natura” junto aos supermercados, feiras livres, açougues, entre outros.

Nominalmente, entre as carnes, o grupo das bovinas foi o que mais encareceu neste período, subindo 28,96%. Em segundo lugar figuram as de ovinos (27,81%), em terceiro os frangos (22,9%) e em quarto a carne suína (17,2%), sendo que os peixes, de água doce, foram os que registraram a menor variação, de 9,12%.

A média paranaense de preços dos 24 tipos de carne acompanhados pelo Deral subiu nominalmente 26,1% de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, número 5 vezes maior que a inflação do mesmo período – o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a taxa oficial de inflação, acumulou 5,2% em 12 meses.

Maiores aumentos

Entre os 24 cortes de carne de 5 tipos de animais que têm seu preço acompanhado pelo Deral as bovinas lideram o ranking de encarecimentos. Entre as 5 maiores variações, 4 foram de carnes “vermelhas”.

A maior diferença entre os preços médios no estado é a do acém sem osso (+47,8%), seguindo pela bovina moída de 2ª (+41,5%), paleta ovina com osso (+38,8%), bovina moída de 1ª (33,46%) e peito bovino com osso (32,33%).

Ponta Grossa

O Deral publica apenas a média estadual com o comparativo de preços de outros meses, sendo que a nível regional a divulgação feita é apenas dos dados atuais. Na de Ponta Grossa o último levantamento é datado desta semana, e aponta que entre os 21 cortes acompanhados na região, em 11 (cerca de metade), os preços estão mais altos localmente do que na média paranaense.

Cesta básica

Em Ponta Grossa o preço da cesta básica é calculado mensalmente pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG), que considera 33 produtos de 5 grupos: carnes, hortifrutigranjeiros, alimentação geral, higiene e limpeza.

Em fevereiro de 2021 a cesta totalizou R$ 663,67, o correspondente a 63,51% do salário mínimo. Em fevereiro de 2020, o custo era R$ 527,03 (26% nominalmente a menos que hoje), o que representava pouco mais de a metade (50,43%) do salário mínimo da época.

Mensal

O comparativo entre as primeiras semanas de fevereiro e março aponta que dos 33 produtos que compõem a cesta básica, 19 subiram, 13 caíram e 1 permaneceu constante. O grupo que teve maior aumento em seus valores foi “Carne”, com 5,36%, e a maior queda de preço foi no grupo “Hortifrutigranjeiros”, com 16,90% de redução.

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