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PG inicia vacinação contra febre aftosa

Começou na última quarta-feira, 1° de novembro, mais uma etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Os produtores têm até o fim deste mês, dia 30, para imunizar os rebanhos de bovinos e bubalinos. As doses da vacina são vendidas nas casas agropecuárias.

Segundo o veterinário e fiscal de Defesa Agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) na região, Pascoal Funari Júnior, é preciso vacinar e comprovar a vacinação do rebanho neste mês. A comprovação (formulário com informações sobre o rebanho) pode ser feita de forma onlineou nas lojas agropecuárias no momento da compra da vacina.

Pascoal observa que não há mudanças nesta etapa. Anualmente ocorrem duas campanhas (maio e novembro) e os pecuaristas precisam participar de ambas. Nesta, aproximadamente 670 mil animais (bovinos e bubalinos) de todas as idades devem ser imunizados na região (18 municípios). A dose é de 5 ml e deve ser conservada entre 2ºC e 8ºC, com aplicação feita na tábua do pescoço dos animais. Na fase de maio foram imunizados os animais com idade entre zero e 24 meses.

O veterinário Christiano Justus (Christiano Justus Agropecuária) acredita que a campanha é importante e que o produtor deve acompanhar o calendário nacional de vacinação como forma de manter a sanidade dos animais.

Interrupção

O Paraná quer deixar de vacinar contra a aftosa a partir do próximo ano. Para falar sobre esta interrupção a Sociedade Rural dos Campos Gerais, o Sindicato Rural de Ponta Grossa e a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) estão convidando os pecuaristas para a 1ª Reunião Programa Nacional de Febre Aftosa – Paraná Livre da Doença sem Vacinação. Será na próxima quinta-feira, 9, na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). A entrada é gratuita.

Christiano aproveitou o início da campanha para conduzir a vacinação em propriedades da região

Foto: Daniel Calvo

Norberto Ortigara participará da reunião

A 1ª Reunião Programa Nacional de Febre Aftosa – Paraná Livre da Doença sem Vacinação, em Ponta Grossa, contará com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, do diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz e de Antonio Poloni da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Segundo o presidente do Sindicato Rural, Gustavo Ribas Netto, a possibilidade de interrupção da campanha de vacinação no Paraná a partir de 2018 levou cooperativas, associações e sindicatos a elaborarem um manifesto, o qual foi entregue ao governador Beto Richa. Eles pedem que o Estado seja declarado área livre da febre aftosa antes de 2023, data que o governo federal pretende declarar todo o país como livre da doença sem vacinação.

O veterinário e fiscal de Defesa Agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) na região, Pascoal Funari Júnior, observa que mesmo que o Paraná consiga a antecipação da declaração como livre da aftosa sem vacinação, a campanha de maio de 2018 irá acontecer.

Para o veterinário Christiano Justus, o ideal seria seguir o calendário nacional até 2023. Ele lembra que o Paraná importa bovino de corte do Rio Grande do Sul e de São Paulo e que a interrupção da vacina pode acabar atrapalhando este processo, necessário para suprir a demanda paranaense.

 

País inicia implantação do plano de erradicação

O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou, em Porto Velho, os trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Durante três dias, desde o dia 23 de outubro último, houve reuniões em torno do plano com integrantes do setor público e produtores dos estados de Rondônia e Acre (integrantes do Bloco 1 previsto no PNEFA), além do Amazonas e Mato Grosso, que participaram como convidados. Entre representantes de governo, a maioria eram agentes de defesa agropecuária dos estados.

Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, “foram superadas as expectativas de adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do PNEFA são curtos”. Marques frisou que a decisão de retirada gradual da vacinação contra a aftosa já foi tomada e  que “ é preciso atender aos requisitos sanitários para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de país livre da doença sem vacinação”.

No plano, o país foi dividido em cinco blocos, para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I,  Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (este último livre da doença sem vacinação).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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