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Pequeno município do Paraná receberá fábricas de R$ 3 bilhões

Foto: Jonathan Campos/AEN

O município de Itaperuçu, com pouco mais de 30 mil habitantes, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), receberá a instalação de uma fábrica de cimento e outra de calcário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que somam cerca de R$ 3 bilhões em investimentos no Paraná. Os detalhes do projeto foram tratados durante uma reunião entre representantes da empresa com o governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta semana.

O maior volume de recursos, aproximadamente R$ 2,8 bilhões, será aplicado na fábrica de cimentos. A área aproximada da indústria de cimento terá 150 hectares, com outros 70 hectares de área de mineração, o que fará dela uma das maiores do segmento no Brasil. As fábricas deverão empregar equipamentos de alta tecnologia, com possibilidade de expansão futura e reservas superiores a 80 anos de matéria-prima.

O empreendimento será implantado na área rural de Itaperuçu, município que tem vocação para a indústria mineradora e recebeu, recentemente, outro investimento de R$ 145 milhões da Votorantim.

Atualmente, o projeto está na etapa de obtenção das licenças ambientais junto ao Instituto Água e Terra (IAT) e a estimativa é de que as obras sejam iniciadas em 2025, com apoio do Governo do Estado.

Entre os benefícios que podem ser concedidos ao projeto está a concessão de incentivos fiscais por meio do programa Paraná Competitivo. A iniciativa prevê, por exemplo, a extensão de prazos de pagamento do ICMS e a possível redução de alíquotas a empresas e indústrias de diferentes setores que queiram investir no Estado, tendo como consequência a geração de mais empregos e renda à população, bem como o aumento da arrecadação estadual.

Licenciamento

Sob a coordenação do IAT e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), o Governo do Paraná também trabalha para agilizar o processo de emissão das licenças ambientais de acordo com a legislação vigente. De acordo com o presidente do IAT, José Luiz Scroccaro, nos próximos dias a CSN deverá apresentar aos técnicos do órgão ambiental estadual o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da fábrica de cimento para análise.

A equipe do IAT também efetuou uma avaliação preliminar da planta de processamento de calcário, que deverá ficar a cerca de 30 quilômetros da fábrica de cimento.

Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, a atuação célere e resolutiva do IAT, assim como dos demais órgãos envolvidos, faz parte da estratégia de manutenção do bom ambiente de negócios do Paraná. “Estamos caminhando para ter a condição de que as obras das fábricas e das minas estejam em andamento no início de 2025. Isso depende do andamento do processo, que é bem complexo do ponto de vista técnico e jurídico, mas o Estado tem feito tudo que lhe compete para que possamos cumprir esse prazo”, garantiu Souza.

Logística

Outra frente de trabalho que conta com o apoio do Governo do Estado é a logística, com a ligação rodoviária das futuras fábricas e minas de extração das matérias-primas. A CSN deverá elaborar os projetos de aproximadamente 30 quilômetros de vias que integrarão as instalações à malha viária existente, em especial à Rodovia dos Minérios (PR-092). A medida deverá facilitar o escoamento da produção de cimento e calcário para o interior do Estado, atendendo demandas do agronegócio e da construção civil.

Assim como a obra de duplicação da Rodovia dos Minérios, feita pelo Estado totalmente em concreto, a pavimentação das vias complementares também deverá utilizar este material, o que garante maior durabilidade e menos custos de manutenção. A expectativa é de que, após entrar em funcionamento, os empreendimentos gerem mais competitividade ao mercado de cimentos do Paraná, contribuindo para a fixação de mão de obra local e o desenvolvimento da logística rodoviária e ferroviária.

CSN

Fundada em 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional atua nos setores de siderurgia, mineração, logística, cimento e energia. Com mais de 30 mil colaboradores, a empresa foi a primeira produtora de aço plano no Brasil, e foi privatizada em 1993, o que permitiu a modernização e expansão da sua atuação, além da adoção de práticas mais sustentáveis. Atualmente, a empresa opera em 17 estados brasileiros, na Alemanha e em Portugal, com ações listadas nas bolsas de São Paulo e Nova York.

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