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Paraná vai produzir medicamento à base da planta da maconha

Fotos: DIvulgação

A partir do próximo ano o Paraná vai passar a produzir um medicamento à base de canabidiol, substância presenta na Cannabis sativa – a planta da maconha.

A Belcher Farmacêutica, especializada no desenvolvimento, fabricação e distribuição de medicamentos complexos, e a Productora Uruguaya de Cannabis Medicinal (PUCMED) assinaram nesta semana um convênio com foco na produção de fármacos à base de canabidiol no Brasil.

Fundada em 2011, em Maringá, a Belcher Farmacêutica tem ainda duas sedes na Flórida, nos Estados Unidos, país que é o maior consumidor de medicamentos com canabidiol do mundo. Além disso, a empresa conta com parceiros estratégicos e tecnológicos no Brasil e no exterior, como Israel, Suíça, Itália, China, Índia, Rússia, Canadá, Paraguai, Uruguai e Polônia, entre outros.

Já a Productora Uruguaya de Cannabis Medicinal (PUCMED) foi fundada em 2019, na Zona Franca de Florida, no Uruguai, e conta com sede internacional em Curitiba. A empresa se consolidou como uma das grandes referências mundiais no cultivo de flores de cannabis e no fornecimento de derivados de biomassa vegetal para fins industriais e científicos.

Em solo uruguaio, a produtora conta com uma área com 8 hectares para o cultivo de flores de cannabis, que seguem os mais elevados padrões globais de excelência para uso medicinal. São 11.000 m² de estufas climatizadas, com produção semihidroponia, e 5.000 m² de área aberta para cultivo orgânico desenvolvido somente com produtos autorizados pela União Europeia.

Os medicamentos à base da substância da planta da maconha produzidos no Paraná serão introduzidos no mercado pela startup Anna Medicina Endocannabinoide, que acaba de lançar um marketplace para a aquisição de produtos com canabidiol no Brasil e vai criar os primeiros espaços físicos sobre o tema no país: na Santa Casa de Curitiba, hospital referência no Estado, e no Eco Medical Center, um ecossistema completo de clínicas e serviços médicos.

Cannabis medicinal no Brasil e no mundo

Atualmente, duas resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a 327 e a 660, regulam a importação e a aquisição de produtos com as propriedades do canabidiol no país, respectivamente. Uma das obrigações é a exigência de receita médica, independentemente do tipo de produto: dos óleos aos cosméticos, incluindo pomadas, bandagens e comprimidos.

Na América Latina, países como Chile, Argentina, Colômbia, México e Equador já flexibilizaram suas normas internas, em diferentes níveis, para incluir o uso medicinal da cannabis. Na Europa, Portugal, Alemanha e Bélgica são alguns dos países que já liberam o uso medicinal da planta em algum nível. Nos Estados Unidos, 35 estados regulamentaram a legalização para fins medicinais.

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