Menu
em

Paraná tem excesso de cesáreas e baixa cobertura de Saúde da Família

Foto: Ana Nascimento / MDS / Portal Brasil Saúde

O Paraná precisa reduzir as taxas de mortalidade materna, de partos cesáreos, de baixo peso dos bebês ao nascer e ampliar a cobertura pelas equipes de Saúde da Família. Essas são as principais conclusões do estudo ‘Primeira Infância’, que compilou dez indicadores da qualidade de vida após o nascimento nos 27 estados brasileiros.

A pior colocação do Paraná no ranking de indicadores relativos à primeira infância (25ª posição) diz respeito ao alto índice de partos por meio de cesariana. Esse tipo de cirurgia é realizado em 64,9% dos nascimentos ocorridos no Estado – o terceiro mais alto do país, atrás de Goiás (68,5%) e Rondônia (68%).

As autoridades de saúde consideram que o percentual máximo aceitável seria de 30%, embora a média nacional seja praticamente o dobro: 57,2%.

Saúde da Família

O Estado ocupa apenas a 22ª posição na cobertura das equipes de Saúde da Família nos municípios. O percentual paranaense é de 63,31%. Neste quesito, o Piauí lidera, com 99,03%, seguido da Paraíba (94,99%) – a média apontada pelo levantamento neste indicador é de 63,6%.

Baixo peso

Em relação ao baixo peso dos bebês ao nascer, o Paraná está apenas na 19ª posição, com 8,7% dos nascidos com menos de 2,5 quilos – situação idêntica de Goiás e Bahia. A unidade federativa mais bem posicionada é Rondônia, com 7,1%. A pior é o Distrito Federal, com 9,8%. A média nacional é de 8,6%.

Quanto menor o peso ao nascer, maior a probabilidade de morte precoce, fator que influencia a taxa de mortalidade em menores de cinco anos.

Mortes maternas

O Paraná ainda ocupa a sétima posição em relação ao número de mortes maternas, com 52,6 casos de óbito de mulheres por 100 mil nascidos vivos. O Acre tem o melhor posicionamento neste indicador (26,7) e Roraima, o pior (146,2). A média brasileira neste indicador é de 67,9.

Estudo ‘Primeira Infância’ também mostra pontos fortes do Paraná

O Paraná é o estado com melhor cobertura de consultas pré-natal, obtendo 84,8% no indicador que considera a proporção de sete ou mais consultas deste tipo durante a gestação. A média nacional é de 71%.

O Estado detém a segunda menor taxa de mortalidade infantil, com o óbito de 9,28 crianças antes de completar um ano de vida. O índice do Rio Grande do Sul, primeiro colocado, é de 8,64. Em Roraima, que ocupa a última posição, é de 18,42. Já a média nacional está em 11,5.

Em relação à mortalidade na infância, o Paraná registra o óbito de 10,71 crianças antes de completar cinco anos a cada mil nascidas vivas. O Estado possui o mesmo índice do Distrito Federal e está atrás de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A média nacional é de 13,2.

Acesso a creches

O Paraná está na terceira melhor posição, com 35,4% das crianças até três anos matriculadas nesses estabelecimentos. São Paulo (46,9%) e Santa Catarina (50,6%) superam o Estado neste indicador educacional, cuja média nacional é de 29,8%.

Essa é a mesma posição ocupada pelo Paraná em relação à cobertura com rede coletora de esgoto, que atinge 74,4% da população. As unidades federativas mais bem colocadas neste quesito são o Distrito Federal (90,9%) e São Paulo (90,6%). A média nacional é de 55%.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Sair da versão mobile