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Paraná registra alta de 500% em casos de coqueluche

Com aumento de casos, Saúde alerta para importância da vacinação contra coqueluche Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a população sobre a importância de manter atualizada a vacinação contra a coqueluche, em função do aumento expressivo no número de casos. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, mostra que somente de janeiro até a primeira quinzena de junho foram confirmados 24 casos em todo Paraná, alta de 500% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve quatro diagnósticos positivos. Em todo ano de 2023, foram confirmados 17 casos.

A maioria das confirmações deste ano é da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, com 18 casos, seguida da 3ª RS de Ponta Grossa (4), 15ª RS de Maringá e 19ª RS de Jacarezinho, com um caso cada uma. Não há registro de óbitos pela doença neste ano no Paraná.

Casos de coqueluche

Conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é uma doença infecciosa aguda respiratória altamente contagiosa. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outras pessoas. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.

“Mais uma vez enfatizamos a importância da imunização como prevenção às doenças que podem, e devem, ser eliminadas por meio da imunização”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Cesar Neves. “A vacina protege não só o indivíduo, mas garante uma proteção coletiva e atua contra a transmissão. Quando há um número expressivo de vacinados, o vírus encontra dificuldades para circular. Por isso é fundamental imunizar o máximo de pessoas”.

Sintomas da doença

O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada corretamente, pode evoluir para o quadro grave e até mesmo levar à morte. A doença evolui em três fases. Na inicial, os primeiros sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa e mal-estar geral e coriza. Na segunda, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), que podem ser seguidas de vômitos e falta de ar. Na terceira os sintomas anteriores diminuem, embora a tosse possa persistir por vários meses.

Em 2019 o Paraná registrou 101 casos; em 2020 foram 26; em 2021 foram nove, caindo para cinco no ano seguinte e chegando a 17 em 2023. O último óbito por coqueluche no Estado ocorreu no município de Ponta Grossa em 2019.

Diagnóstico

O diagnóstico é obtido de forma laboratorial, por meio de cultura ou PCR em tempo real, sendo realizado em todos os pacientes suspeitos de coqueluche. Recentemente, as coletas foram ampliadas para serem realizadas em todas as unidades de saúde do Paraná.

O tratamento é por meio de antibióticos e deve ser prescrito pelo médico. Desta forma, é importante procurar um serviço de saúde para receber o diagnóstico e o tratamento adequado.

“Estamos alertando e promovendo, junto às 22 Regionais de Saúde e municípios do Paraná, ações articuladas e estratégias de prevenção e controle, como também de ampliação do diagnóstico da doença. Contamos com a participação da população, para que busquem a vacinação nas Unidades Básicas espalhadas por todo Paraná”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

Vacina

Atualmente, no Paraná, a cobertura vacinal da pentavalente em crianças menores de um ano está em 79,40%, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é 95%. A vacina está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no calendário da vacinação infantil de rotina e também para gestantes e profissionais de saúde.

Para crianças, a imunização da coqueluche se dá por meio da vacina pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche). A primeira deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida, Já a DTP deve ser ministrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos.

Gestantes e os profissionais da saúde devem receber a vacina dTpa (versão acelular da vacina contra difteria, tétano e coqueluche). No caso das gestantes, a vacina deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, para que, com isso, forneça proteção também para os recém-nascidos.

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