Desde março de 2020, quando tiveram início as ações de contenção sobre o avanço da pandemia de coronavírus, foi preciso suspender serviços. Um dos setores mais atingidos foi o de saúde, onde as cirurgias eletivas foram interrompidas para dar agilidade ao cuidado em casos de covid-19.
Agora, com a retração dos números oficiais da pandemia, o Paraná está prevendo fazer um mutirão de cirurgias eletivas. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde (SESA-PR). Questionada pela reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais, a secretaria revelou as medidas que pretende adotar.
Cirurgias eletivas
Segundo a SESA, os números reais de pessoas que aguardam na fila de espera para as cirurgias eletivas ainda estão sendo levantados, para que se tenha um panorama mais próximo da realidade.
“Contudo, o Estado se prepara para lançar, brevemente, um programa estadual de retomada das cirurgias eletivas. Dentro das ações, estão os mutirões, como o de cirurgia de cataratas”, exemplificou.
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“No que se refere ao número de pessoas que aguardam por cirurgias, a pandemia foi um dos maiores fatores para a espera desses procedimentos, já que durante esse período houve a suspensão das cirurgias eletivas”, reafirmou a Secretaria, sem prever data para início do programa.
Banco de multitecidos
A SESA-PR afirma que outro motivo para o aumento da fila de eletivas foi a mudança do Banco de Tecidos da PUC para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Em março deste ano, o Hospital assumiu a gestão do único Banco de Multitecidos do Brasil. Sua função é selecionar doadores, captar, processar e armazenar tecidos de procedência humana e disponibilizá-los para fins terapêuticos e científicos.
Em 2016, essa gestão ficou sob a responsabilidade da PUC-PR, mas o serviço foi interrompido nos últimos dois anos. O processo de transição entre as instituições também teria ocasionado a interrupção temporária dos serviços, segundo a SESA.
Filas de espera
Reportagem publicada pelo Diário dos Campos nesta semana mostrou que a fila de espera também é grande no que se refere a consultas. Somente no setor de oftalmologia são mais de 9 mil pessoas à espera de chamamento.