Agência Estadual de Notícias
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) iniciou um projeto-piloto que permite a utilização de plasma convalescente como procedimento experimental no combate ao novo coronavírus.
“Plasma convalescente” é a parte líquida do sangue coletada dos pacientes que se recuperaram da infecção pela doença.
A técnica utiliza o material para tratar pessoas que tenham sido contaminadas pelo vírus e estejam no início dos sintomas.
O trabalho faz parte das “ações alternativas de tratamento para minimizar a gravidade dos casos de coronavírus no Paraná e contribuir com as pesquisas científicas”, disse o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Os doadores precisam ter sido diagnosticados com a doença e aguardar certo tempo depois da recuperação antes da doação para obtenção do plasma.
O sistema imunológico da pessoa que foi contaminada pelo vírus produz proteínas na corrente sanguínea para combater a doença – os anticorpos.
Assim, após a recuperação do paciente infectado, os componentes sanguíneos com estes anticorpos podem ser coletados e utilizados em outras pessoas para auxiliar no tratamento da doença.
“Acreditamos que estes anticorpos, quando transfundidos em pessoas que acabaram de receber um diagnóstico positivo para a covid-19, possibilitem uma evolução da doença de forma mais branda”, disse a diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza.
As orientações aos Estados para realização do procedimento estão na Nota Técnica nº 21/2020 assinada pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), intitulada: “Coleta e transfusão de plasma convalescentes para uso experimental no tratamento de pacientes com covid-19”.