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Oficinas abordam inovações na atenção básica de saúde

Com o tema Inovações na Atenção Básica e Promoção da Saúde, o 34º Congresso Estadual de Secretarias Municipais de Saúde ampliou o debate entre gestores e profissionais da área com o objetivo de trocar experiências para evolução do SUS do Paraná. O evento acontece até esta quinta-feira (22), em Maringá.

Para o secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi, a oportunidade de reunir anualmente profissionais que atuam diretamente com a população na Atenção Básica dá subsídios para a criação de políticas públicas baseadas nas necessidades da população.

“Os desafios da saúde pública são enormes e precisamos constantemente debater formas de aperfeiçoar o sistema, começando pela porta de entrada do SUS, que são as Unidades Básicas de Saúde. Existem muitas experiências inovadoras em nosso Estado e este é o melhor espaço para apresentar os resultados dos projetos feitos pelas equipes municipais”, disse Nardi.

Ele ressaltou o apoio do Governo do Estado para que as secretarias municipais estruturem seus serviços com obras, novos equipamentos, veículos, capacitação profissional e o projeto de tutoria, que dá suporte às equipes para a certificação de qualidade das unidades básicas. O repasse de recursos do tesouro estadual para a atenção básica supera R$ 600 milhões, desde 2015.

Neste ano, 358 municípios aderiram à Tutoria da Secretaria de Estado da Saúde e mais de mil unidades estão desenvolvendo o processo de certificação que propõe aprimorar a gestão dos serviços com mudança no modelo de gerenciamento de riscos, processos e resultados.

Oficinas

Com cerca de 700 inscritos, o segundo dia do congresso, nesta quarta-feira (21), começou com a mesa-redonda “Práticas Transformadoras na Atenção Básica”, que abordou a clínica baseada em evidências, educação permanente e a integração da assistência com a vigilância em Saúde.

A secretária de Saúde do município de Pérola, da 12ª Regional de Saúde (Umuarama), Rosângela Guandalin, disse que o maior desafio é unir a assistência e a vigilância. “Ainda trabalhamos de forma segmentada, principalmente com a ação dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias”.

De acordo com ela, apesar de atuarem na mesma área, a integração desses profissionais ainda é falha. “As oficinas das quais estamos participando nos ajudam a transpor as dificuldades”, disse Rosângela, que também é presidente do Conselho Regional de Secretarias de Saúde de sua região.

Pérola tem três unidades de saúde em processo de tutoria com a secretaria estadual da Saúde. Segundo a secretária municipal, as equipes estão revendo seus processos de trabalho para a conquista da certificação de qualidade. “Com a tutoria estamos conhecendo melhor a população que frequenta as unidades básicas e podemos aperfeiçoar o atendimento. Esperamos conquistar o selo de qualidade ainda em 2018”, destacou.

A gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Maringá, Rosa Moreno, também aponta como maior dificuldade a integração entre vigilância e assistência. “As duas áreas são essenciais e ainda não conseguem a integração ideal. As oficinas do congresso estão nos dando um norte para que isso seja implantado na prática”.

O público do congresso também participou das oficinas que discutiram o Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde; Banco de Preços; Simplificação dos Processos de Vigilância Sanitária; Planejamento Regional Integrado; Projetos de Pesquisa Científica e de Extensão em Promoção da Saúde; Redução da Mortalidade Materna e Infantil.

O Congresso termina nesta quinta-feira (22) com a Mostra de Experiências Municipais, com relatos de exemplos de sucesso nas regiões, o período da manhã, e com a mesa-redonda “Gestão do SUS – Direito à Saúde e Financiamento”, fechando a programação.

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