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Ofertas de crédito rural são ampliadas na região

A busca pelo crédito é comum pelos produtores que têm interesse em investir nas suas lavouras, tecnologias dos cultivos ou custeio das atividades agrícolas. O maior programa brasileiro voltado ao setor é o Plano Safra, lançado anualmente pelo Governo Federal com o intuito de apoiar as pequenas, médias e grandes propriedades.

Neste ano-safra o pacote inclui R$ 225,59 bilhões para todo o país, sendo R$ 169,33 bilhões para crédito rural (custeio, comercialização e industrialização) e R$ 53,41 bilhões para investimentos.

A reportagem do Diário dos Campos conversou com as quatro maiores instituições financeiras que possuem forte atuação nos municípios da região, que avaliaram as atuais carteiras de crédito disponibilizadas e já liberadas nesta primeira etapa da safra 2019/2020. Confira, a seguir.

 

BANCO DO BRASIL

O Banco do Brasil fez o lançamento do seu Plano Safra 2019/2020 em julho, quando afirmou que com uma expectativa de aumento de 10% em relação ao último ano pretende liberar cerca de R$ 2,75 bilhões em crédito agrícola para produtores rurais da região dos Campos Gerais.

Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o valor disponibilizado para a região na safra 2018/2019 fechou em R$ 2,1 bi e para a safra atual, até meados de novembro, foram contratados aproximadamente R$ 450 milhões. “Cabe ressaltar que ainda estamos no fechamento do 5º mês da safra. As expectativas são boas, visto que o estado do Paraná apresenta números positivos para a presente safra e a economia apresenta sinais de aceleração da retomada”, destaca o banco.

São oferecidas linhas de comercialização, capital de giro, industrialização, custeio e investimento. Os recursos são direcionados a todos os segmentos, desde o pequeno ao grande produtor rural. “Estamos em constante processo de modernização dos nossos serviços para facilitar o acesso dos nossos clientes aos produtos oferecidos pelo BB. Considerando que o Banco atende a toda cadeia produtiva, em todos os estados do Brasil, entendemos que a proximidade da instituição com seus clientes reforça a relação de confiança, permitindo ao Banco do Brasil ser o maior parceiro do agronegócio brasileiro”, afirma o gerente executivo da diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, Luciano Conte.

 

BRDE

Trabalhando apenas com investimentos, sem realizar operações de custeio, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também oferta linhas de financiamento além das viabilizadas pelo Plano Safra. Segundo o próprio banco, o volume médio anual para os Campos Gerais é de aproximadamente R$ 40 milhões – em alguns anos, quando há pontualmente grandes projetos, esse montante pode ultrapassar R$ 100 milhões – o total das últimas 5 Safras é superior a R$ 350 milhões.

“Nos últimos anos, a atuação do banco BRDE no crédito rural não se resumiu ao repasse dos programas do Plano Safra, mas contemplou também financiamentos de sistemas fotovoltaicos [nos Campos Gerais]”, exemplifica a Gerente Adjunta de OperaçõesCarmem Truite, que é a responsável pelas operações do BRDE destinadas ao agronegócio. “Nosso foco na sustentabilidade e na viabilidade dos projetos tem contribuído para o desenvolvimento desta região, reconhecida como inovadora e de excelência no agronegócio”, conclui ela.

Enquanto na Safra 2017/2018, quando, conforme destaca a instituição,houve aumento das taxas de juros e consequente menor demanda dos produtores, o BRDE contratou aproximadamente R$ 29 milhões em investimentos, no período 2018/2018o BRDE contratou aproximadamente R$ 114 milhões – aumento expressivo devido ao financiamento de dois grandes projetos pontuais de duas cooperativas da região dos Campos Gerais que totalizaram R$ 85 milhões (74% do total contratado no período).

Para o Plano Safra 2019/2020 a expectativa do BRDE é contratar algo em torno de R$ 20 milhõesnos Campos Gerais. “A redução comparativamente ao Plano Safra anterior se explica pela redução dos recursos disponíveis para investimento neste Plano Safra, além da demanda represada do anterior”, destaca o banco.

Carmem Truite é a Gerente Adjunta de Operações e responsável pelas operações do BRDE destinadas ao agronegócio (Foto: Divulgação)

 

SICREDI

Na última safra o Sicredi liberou R$ 572,8 milhões em crédito rural para produtores da região dos Campos Gerais, pelo menos R$ 15 milhões a mais do que o previsto em medos do primeiro semestre desse ano. Deste valor, R$ 34,2 milhões foram pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 538,6 milhões em custeio.

Para esta safra 2019/2020, a cooperativa financeira espera encerrar a primeira metade (até dezembro) com R$ 406,9 milhões autorizados. “Apesar do aumento de taxas até o momento liberamos (jul/out) 367,7 milhões; no mesmo período em 2018 foram liberados 343,1 milhões”, destaca Márcio Zwierewicz, Diretor Executivo da Sicredi Campos Gerais. No lançamento do Plano Safra vigente, feito em julho, a instituição afirmou que disponibilizaria mais de R$ 600 milhões para todo o período.

A Cooperativa disponibiliza para os associados linhas de custeio, comercialização, industrialização, investimentos e CPR (Cédula de Produtor Rural). “Nosso diferencial está no atendimento; não importa o tamanho do seu negócio, nossos gerentes têm experiência para encontrar as melhores soluções para o seu momento e necessidades”, afirma o diretor, que também ressalta que a instituição é buscada devido à “necessidade de recursos para custear ou investir na atividade, a experiência da instituição financeira no atendimento, a agilidade e os prazos adequados”.

Márcio Zwierewicz é Diretor Executivo da Sicredi Campos Gerais (Foto: Divulgação)

 

 

CAIXA

Com a expectativa de liberar pelo menos R$ 490 milhões em todo o ano-safra 2019/2020, a Caixa Econômica Federal já soma R$ 340 milhões autorizados entre julho e outubro deste ano a produtores rurais e cooperativas da região Campos Gerais. Esse valor, obtido apenas em quatro meses, é R$ 20 milhões superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano-safra anterior.

“Para este Ano Safra, que finda em junho de 2020 há a expectativa de liberação de mais R$150 milhões de reais para pré-custeio da safra verão 2020. A Caixa opera com linhas de custeio, investimento e comercialização com recurso obrigatório e recursos livres (LCA)”, destaca o Superintendente Regional dos Campos Gerais, Sander Alex Farias.

Sander Alex Farias é o novo Superintendente Regional dos Campos Gerais (Foto: Arquivo DC)

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