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MPPR denuncia PMs suspeitos de executar trio e ‘plantar’ provas

Foto ilustrativa

O Juízo Criminal de Matinhos, no Litoral do estado, recebeu nesta semana denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) contra quatro policiais militares por três homicídios triplamente qualificados, entre outros crimes.

A ação penal foi apresentada pelo MPPR por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca e os fatos foram descobertos em um desdobramento da Operação Fish, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em agosto do ano passado.

Os crimes ocorreram em março de 2021, em uma área rural de Matinhos, quando três rapazes foram mortos pelos agentes públicos, supostamente ao reagirem a uma abordagem policial. A partir da análise de aparelhos de celular dos PMs, apreendidos na Operação Fish, surgiram novas evidências relacionadas a essa investigação, que demonstraram que, na verdade, os policiais abordaram as vítimas já com a intenção de executá-las e depois “plantaram” provas para justificar o suposto confronto.

Nos celulares, foi encontrada, por exemplo, uma foto de uma arma de fogo que teria sido usada pelos rapazes contra os PMs, mas a imagem era anterior à data do crime, ou seja, estaria na posse dos policiais antes do confronto.

Como aponta a Promotoria na denúncia, “Os crimes foram perpetrados sem chance de defesa às vítimas, porquanto estavam desarmadas, assim como mediante emboscada, na medida em que foram surpreendidas repentinamente pelos denunciados, destacando-se que o local onde se deram os fatos trata-se de região rural e, portanto, menos habitada e patrulhada.”

Além dos homicídios, os PMs foram denunciados por associação criminosa, porte de arma de fogo de uso permitido, porte de arma raspada (duas) e inserção de dados falsos em boletim de ocorrência (correspondente às armas). No recebimento da denúncia, o Juízo Criminal ainda deferiu o pedido de preventiva contra os denunciados formulado pela 3ª Promotoria de Justiça – três já se encontram presos desde a ação do Gaeco no ano passado e um encontra-se foragido.

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