Cerca de 22 famílias que moram em um conjunto habitacional, com obras inacabadas, pertencente à Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), reivindicam a permanência nas casas junto à Prefeitura e ao Estado. Os moradores alegam que ocuparam as moradias pois não têm onde viver e também pelo fato das obras estarem abandonadas.
“As obras estavam abandonas há, pelo menos, cinco anos. O espaço tinha virado ponto de drogas e prostituição. Viemos morar aqui há três meses e agora estamos cuidando das casas. Porém, a Cohapar nos deu um prazo de 15 dias para sairmos daqui”, disse a moradora, Ângela Selatchek.
Segundo ela, os moradores tentam recorrer da decisão. “Não podemos ser jogados no meio da rua. Sou desempregada e vivo de pensão. Tenho dois filhos e o mais velho é diabético. Aqui moram gestantes e que não também não têm onde morar”, garantiu ela.
Cohapar
Em nota, a assessoria de comunicação da Cohapar informou que o empreendimento possui ao todo 50 imóveis, dos quais 11 foram unidades foram entregues a famílias previamente selecionadas pelo projeto. De acordo com órgão, as obras estavam paralisadas por problemas no repasse dos recursos do agente financeiro (COBANSA) à empresa licitada para a construção das casas.
“No início de junho, 22 das unidades remanescentes do projeto foram invadidas por famílias que não possuem relação com o projeto. A Cohapar iniciou então um processo para a reintegração de posse das casas com o objetivo de dar continuidade às obras”, informou a nota.
A Cohapar também garantiu que está em contato com a Prefeitura de Arapoti, que se comprometeu a prestar um acompanhamento social das famílias invasoras. A reportagem do DC tentou contato com a Secretaria de Assistência Social para saber como as famílias serão acompanhadas, mas esta não retornou as informações.