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Mesmo com queda na produção, Castro e Carambeí lideram setor leiteiro nacional

De acordo com o IBGE, ano passado foi marcado pelo aumento na produtividade do rebanho

Entre as 10 cidades que mais produzem leite no Brasil, no ano passado apenas Castro e Carambeí sofreram reduções em termos de volume. Mesmo assim ambas mantiveram as suas posições de primeiro e terceiro lugar, respectivamente, no ranking leiteiro nacional. Enquanto que Castro viu a sua produção reduzida em 4,2% em relação ao ano anterior, totalizando 280 milhões de litro, Carambeí teve uma queda de apenas 0,11%, somando 180 milhões de litros. O segundo lugar manteve-se com o município de Patos de Minas (MG), que com mais 1,5% atingiu 195,8 milhões de litros.

As informações são da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) 2019, divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No top 10 de produção leiteira figuram apenas Castro e Carambeí são paranaenses; outras sete cidades são mineiras e uma é de Goiás. No top 20, porém, outro municípios dos Campos Gerais se destaca: o 18º lugar é de Arapoti, que com 84,71 milhões de litros em 2019 subiu 8 colocações em um ano.

Riquezas

Mensurando a produção em riquezas, no ranking dos municípios com os maiores valores de produção de produtos de origem animal Castro ficou na terceira posição nacional, com R$ 456,4 milhões.

Falando apenas em dinheiro produzido pela atividade leiteira, Castro somou R$ 445,2 milhões em 2019. Apesar da queda de 4,2% na produção em litros, esse valor subiu 1,5% frente a 2018 – menos que a inflação (IPCA 4,31%), que o aumento do preço médio nacional pago pelo litro do leite (+6,7%), e que o valor total da produção brasileira (+9,6%).

Em contraponto, o aumento no valor de produção de leite registrado em Carambeí foi maior que todos os outros indicadores apresentados anteriormente: foram +13,4%, somando R$ 286,2 milhões.

Produção nacional cresce mesmo com diminuição de vacas ordenhadas

A produção de leite de vaca cresceu em 2019 no Brasil, chegando a 34,8 bilhões de litros, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. O valor de produção atingiu R$ 43,1 bilhões (+9,6%). Conforma aponta o IBGE, essa alta vem do ganho de produtividade, já que o efetivo de 16,3 milhões de vacas ordenhadas foi 0,5% menor em relação ao ano anterior. Com menos animais produzindo mais leite, a produtividade subiu para 2.141 litros de leite por vaca ao ano – índice que é maior no Paraná (3.324 litros de leite/vaca/ano).

Minas Gerais foi maior estado produtor, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul; os três produzem mais da metade do leite nacional (51,9%). De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agriculture – USDA), o Brasil ocupa o cargo de quinto maior produtor de leite no ranking mundial.

Produção leiteira

2015

Castro: 250 milhões de litros (R$ 265 milhões)

Carambeí: 140 milhões de litros (R$ 140 milhões)

2016

Castro: 255 milhões de litros (R$ 408 milhões)

Carambeí: 150 milhões de litros (R$ 219 milhões)

2017

Castro: 264 milhões de litros (R$ 316,8 milhões)

Carambeí: 160 milhões de litros (R$ 192 milhões)

2018

Castro: 292,4 milhões de litros (R$ 438,6 milhões)

Carambeí: 180,2 milhões de litros (R$ 252,28 milhões)

2019

Castro: 280 milhões de litros (R$ 445,2 milhões)

Carambeí: 180 milhões de litros (R$ 286,2 milhões)

*Os dados são da PPM/IBGE e referem-se à produção anual de leite e ao valor de produção obtido pela atividade em cada um dos municípios indicados

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