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Mãe de irmãos mortos a tiros conta nova versão do crime

Foto: Divulgação

A mãe dos irmãos Esmaylen Silva de Souza, 33 anos, e Jonas Luan Silva de Souza, 23, mortos a tiros no dia 7 de agosto, na localidade de Campina do Motiva, no Distrito de Catanduvas, em Carambeí, prestou depoimento na delegacia da Polícia Civil de Carambeí e contou uma nova versão do crime.

Até então, o principal suspeito é um adolescente de 17 anos que teria atirado contra as vítimas durante uma discussão por conta de demarcações de terra. Ele já prestou esclarecimentos na última semana e contou que agiu sozinho para defender os pais que têm uma propriedade ao lado do sítio das vítimas.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcus Vinícius Sebastião, a mãe apresentou uma versão totalmente contrária ao do jovem. “Segundo ela, no dia do crime ela cuidava da horta enquanto os filhos estavam próximo aos carneiros quando ela ouviu uma movimentação e disse ter visto mais de 20 homens que teriam invadido a propriedade e começaram a agredir os dois irmãos”, relatou o delegado.

No relato, a mulher contou que os filhos foram espancados e arrastados para o outro lado da propriedade. “Ela disse que ouviu tiros e se jogou na horta para se proteger. Em seguida, percebeu que os filhos não haviam retornado e foi procurá-los. Nesse momento se deparou com os dois já sem vida. Ela entrou em desespero e tentou chamar a polícia, mas haviam cortado a luz da casa após o crime. A Polícia Militar chegou ao local horas depois”, detalhou Sebastião.

Versão do adolescente

Conforme o depoimento do jovem, os seus pais foram até a propriedade para fazer uma cerca, enquanto que o adolescente teria ficado na casa da família, em Ponta Grossa. “Em seu relato, ele disse que sentiu um ‘mal pressentimento’ e resolveu pegar o carro do seu pai e ir até Carambeí. Ele relatou que estava com receio de deixar os pais sozinhos no local, já que estariam recebendo ameaças dos vizinhos.

Na delegacia, o jovem entregou um revólver cal. 38 que teria sido usado no dia do crime. Segundo Marcus Vinícius, a arma teria sido comprada dias antes pelo adolescente. “Ele relatou que comprou a arma por conta das várias ameaças que a família vinha recebendo e já viajou armado. Ao chegar em Carambeí, ele foi ajudar o pai na colocação da cerca e, nesse momento, os irmãos se aproximaram e teriam jogado pedras contra eles. Foi quando começou a discussão”.

O jovem relatou à polícia que uma das vítimas teria sacado uma pistola e atirado em direção à família. “Os pais disseram que se jogaram no chão, enquanto que o adolescente puxou o revólver e começou a atirar contra os dois. Ao ver ambos caídos, a família correu e retornou a Ponta Grossa e procurou por um advogado”, disse o delegado.

Investigação

O delegado destacou que aguarda o resultado dos laudos para dar sequência às investigações. “Vamos até o fim para saber o que realmente aconteceu e chamar outras pessoas a serem ouvidas. A mulher ainda nos deu nomes de pessoas que ela disse ter visto no dia do crime que nós estamos verificando”, finalizou Marcus.

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