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Leite e ovos estão mais caros este mês no PR

Variação mensal chega a 11,6% e, em um ano, a 24,3%

Foto: Ilustração

Produtos básicos, utilizados em diversas receitas e até mesmo como substitutos de itens mais caros, o leite e os ovos estão mais caros este mês no Paraná. Dentre os 77 produtos que têm seus preços médios nominais de varejo no Paraná acompanhados mensalmente pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), a dupla está entre os itens que tiveram a maior alta mensal, de maio para junho.

O maior avanço é percebido nos ovos: a média do “tipo extra” subiu 11,63% em um mês, chegando a custar R$ 7,55 a dúzia. Este valor é quase 20% superior ao de janeiro e 12,26% maior que o praticado há um ano, em junho de 2020.

No caso do ovo “tipo grande” a média da dúzia chegou a R$ 6,37 no Paraná neste mês – 7,35% a mais que em maio, 13,7% a mais que no início do ano e 16,1% mais caro do que um ano atrás. O “tipo médio” é único que ficou mais barato: com uma média de R$ 4,83 no estado, caiu 7,1% frente ao mês passado e -7,33% no comparativo com junho de 2020.

No caso do leite, o longa vida está, em média, 4,26% mais caro que no mês passado, custando R$ 3,74/litro. avaliando a variação em um ano a porcentagem é ainda maior: o atual preço médio é 12,75% superior ao de junho/2020.

O leite em pó também ficou mais caro: +2,78% no mês e expressivos 24,35% em um ano, batendo a marca de R$ 13,17 a cada 400g. 

Na contramão da alta mensal está o litro do leite pasteurizado, que ficou 4,3% mais barato esse mês, custando em média $ 3,58/L no estado. Esse preço, porém, é 5,1% superior ao encontrado no início deste ano e 19,2% superior ao de junho do ano passado.

Motivos

O principal motivo para as altas é o encarecimento dos custos de produção, motivado principalmente pela estiagem – que quebrou colheitas e atrasou plantios. Sobre o leite, o médico veterinário Fábio Mezzadri, do Deral, destaca que a produção tem sido muito pressionada e de certa forma limitada pela alta dos custos com a alimentação, principalmente em sistemas onde o alimento não é produzido na propriedade. 

“Além disso, a produção sofre o problema da sazonalidade, fato agravado pela estiagem, que reduziu quase a zero as pastagens remanescentes de verão, atrasou o plantio das forrageiras de inverno (aveia e azevém) e ocasionou significativa perda na produção de milho safrinha, que seria utilizado na forma de grãos e silagem. A curto prazo, com a escassez na oferta deste tipo de alimentação, os produtores terão que adquirir este produto de terceiros, o que deverá onerar ainda mais os custos de produção, o que poderá vir a comprometer a produção de leite”, afirma o especialista em boletim do Departamento.

No caso dos ovos, o cenário é parecido. O médico veterinário Roberto Carlos Andrade, também do Deral, lembra que após tanto o país quanto o Paraná registrarem menos exportações e faturamento no ano passado, no primeiro quadrimestre de 2021 o Brasil exportou um volume 55% maior de ovos no comparativo com 2020. “Apesar de uma alta nos custos de produção, a demanda segue aquecida pelo preço acessível da proteína”, ressalta ele.

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