O juiz Adriano Scussiato Eyng anunciou na noite desta segunda-feira (10), por volta das 20h, que Luís Felipe Manvailer foi condenado pelo homicídio da advogada Tatiane Spitzner a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado. A sessão de júri popular durou sete dias. O crime de repercussão nacional aconteceu em julho de 2018 na cidade de Guarapuava (PR).
Para a condenação, os jurados consideraram as qualificadoras de feminicídio, meio cruel, motivo fútil, além de fraude processual. Além da prisão, o juiz determinou o pagamento de R$ 100 mil em danos morais aos familiares de Tatiane Spitzner.
O júri que condenou Manvailer era formado por sete homens. Da decisão do juiz Adriano Scussiato Eyng ainda cabe recurso da defesa.
O Conselho de Sentença acolheu as teses do Ministério Público do Paraná e reconheceu que o réu matou a esposa mediante asfixia (causada por esganadura) e depois a jogou da sacada do apartamento onde residiam.
O caso de violência doméstica ganhou repercussão nacional após a divulgação de imagens do circuito de segurança do edifício. Elas mostram Manvailer agredindo a esposa dentro do carro e no elevador. Depois de minutos, uma das câmeras registra a queda do corpo de Tatiane. O marido desce e chega a recolher o corpo para dentro do apartamento. Na sequência, ele aparece descendo, passa um pano branco no elevador e foge de carro.
O réu, agora condenado, foi preso no mesmo dia do crime. Ele foi encontrado após bater o carro na estrada, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava – e a cerca de 50 quilômetros da fronteira com o Paraguai.
O crime contra Tatiane Spitzner resultou na edição de lei que estabeleceu a data dos fatos – 22 de julho – como o Dia de Combate ao Feminicídio no estado.