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Ipem orienta artesãos sobre normas de segurança


O gerente de Fiscalização de Produtos com a Conformidade Avaliada do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Paraná), Roberto Tamari, reuniu-se nesta sexta-feira (26) com artesãos que vendem brinquedos produzidos de forma artesanal, como bichos de pelúcia, brinquedos de madeira, bonecas, carrinhos, entre outros, para debater sobre normas de segurança exigidas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). O encontro, que contou com a presença de mais de sessenta artesãos, foi realizado no auditório do Mercado de Orgânicos, no Mercado Municipal der Curitiba.

A feira de artesanato da Prefeitura de Curitiba, realizada no Largo da Ordem, tem 1.270 barracas, entre estas 140 são fabricantes de brinquedos, onde se incluem bichos de pelúcia, brinquedos de madeira, jogos educativos, bonecas e carrinhos. “Os artesãos tiveram esclarecimentos sobre a importância de se obter o selo de identificação do Inmetro, que demonstra que o produto atende a requisitos mínimos de segurança, visando minimizar a possibilidade de ocorrerem acidentes de consumo que coloquem em risco a saúde e segurança das crianças”, explica Roberto Tamari.

O presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná, Rubico Camargo, disse que esta é uma maneira de fortalecer e incentivar a produção e comercialização destes produtos artesanais. Os participantes foram orientados a respeito das normas de segurança exigidas pelo Inmetro, inclusive para este setor produtivo. Segundo Rubico, esta orientação vai trazer maior segurança para o público consumidor, e também para os fabricantes, que estarão cumprindo as normas estabelecidas pelo Inmetro, através da Portaria nº 321, de 2009.

Camargo chama a atenção dos artesãos de forma geral para o fato de que os brinquedos devem ostentar o Selo de Identificação da Conformidade, demonstrando que passou pelo processo de certificação. Levando em consideração o número expressivo de micro e pequenas empresas e de artesãos na fabricação de brinquedos, o Inmetro estabeleceu formato diferenciado de certificação para esta categoria, instituindo um procedimento mais célere e adequado à categoria.

A coordenadora de feiras de arte e artesanato da Prefeitura de Curitiba, Marily Pires Lessnau, falou sobre a importância da conscientização dos artesãos e principalmente da necessidade de qualificação destes produtores. Alertando que “o Ipem/PR deve representar um parceiro nesta busca e não um organismo de fiscalização simplesmente”.

“O objetivo do Instituto de Pesos e Medidas é de intensificar as ações de acompanhamento no mercado, para prevenir a ocorrência de acidentes de consumo envolvendo brinquedos, que hoje representam 15% destes incidentes”, afirmou o presidente do Ipem/PR.

Jaci Maria Nacamine produz bonecos de pano, corda e cobre para vender na Feira do Largo da Ordem. Ela avisa que os seus produtos não são recomendados para crianças menores de um ano, e que se forem comprados “só servem para enfeitar o quarto”. Para ela, “não importa se os produtos vão ser adquiridos ou não, pois assim como não dava brinquedos inadequados para os meus filhos, não quero que os outros deem pra os seus”.

Maria Aparecida Ribas, artesã que participa da Feira do Largo da Ordem, produz jogos pedagógicos e disse que os seus produtos já contam com a avaliação do Inmetro, declarando que só pega as peças para produção do seu material que tenham esta certificação.

Vanessa e Tatiana Ortiz também participam da Feira do Largo da Ordem, e vieram para a reunião para obter informações a respeito da certificação, pois não tinham conhecimento desta obrigatoriedade por parte do Inmetro.

Segundo Roberto Tamari, a avaliação da conformidade é um processo sistematizado, com regras pré-estabelecidas, de forma a propiciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional atende a requisitos pré-estabelecidos em normas ou regulamentos”.

Os produtos com selo do Inmetro são periodicamente testados em laboratórios. Para ser considerado seguro, o brinquedo não deve ter pontas ou extremidades cortantes e partes ou peças pequenas que possam se desprender com facilidade e provocar acidentes. Pelúcias não podem ser inflamáveis. Também não podem ser fabricados ou pintados com material tóxico, já que as crianças costumam desmontá-los e colocá-los na boca. Os brinquedos ofertados como brindes também são passíveis de certificação compulsória.

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