Desde o início da pandemia, a Secretaria de Estado de Saúde (SESA-PR) vem ajustando os números dos gráficos da covid-19 conforme surgem os resultados, muitas vezes tardios, dos diagnósticos de pacientes que testaram positivo para a doença. Com isso, os números estariam, em tese, cada vez mais próximos do cenário real da covid-19 no estado.
O gráfico mais atual revela que o Paraná viveu, até o momento, quatro grandes picos de contágio da doença. Por quatro vezes o estado atingiu média móvel entre 4,5 mil e 6 mil casos por dia, que regrediram após a adoção de medidas emergenciais de contenção dos contágios, como é o caso de restrições ao comércio e à circulação de pessoas.
O primeiro grande pico foi em dezembro de 2020. Depois, 2021 apresentou aumentos similares de casos em janeiro, março e agora, em maio. O que se observa é um aparente movimento de zigue e zague, que permite supor um novo pico da doença a cada dois meses.
Diferentes gráficos
Até o ano passado, o traçado da média móvel de contágios era parecido com o de mortes. Neste ano, isso se alterou. Apesar de haver quatro registros bem definidos de aumento nos casos, a média móvel de mortes atingiu pico realmente elevado em março deste ano, chegando perto de 250 óbitos por dia.
Procurada para explicar os gráficos, a SESA-PR informou que “não há uma correlação direta entre os casos confirmados e a mortalidade, pois nem todos os casos confirmados evoluem para óbito”.