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Governo apresenta proposta de parceria para concessão do Parque Estadual do Guartelá

Foto: SEDEST

A proposta para efetivação da parceria de concessão do Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, nos Campos Gerais, foi apresentada nesta quarta-feira (20), em Curitiba, no chamado roadshow. O evento é uma apresentação técnica, com diálogo direto entre representantes do Governo do Estado e a iniciativa privada para explanação do projeto de concessão. 

Outro roadshow acontecerá na semana que vem em Ponta Grossa. Os dois encontros antecedem a audiência pública, marcada para o dia 26. O projeto foi apresentado na Fecomércio, pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), por meio do Instituto Água e Terra (IAT) e da Superintendência Geral de Parcerias (SGPAR).

A proposta de concessão de Unidades de Conservação do Estado integra o Projeto Parques Paraná. O objetivo é promover de forma sustentável o turismo de natureza do Estado, com melhorias na infraestrutura existente e oferta de conforto e mais atrativos.

O vice-governador Darci Piana afirmou que a região de Tibagi, além das belezas naturais, possui um forte foco no turismo religioso. “O Governo do Estado está com o olhar voltado para a mão de obra que o turismo é capaz de oferecer, com os lucros e investimentos necessários. O turista quer dormir bem, descansar e ter um local perto onde possa passear”.

PROPOSTA

De acordo com o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, para fazer parte do projeto de parcerias, é preciso ter um atrativo mínimo de infraestrutura. “Hoje o ecoturismo e o turismo de aventura bem coordenados e planejados são instrumentos para a conservação da biodiversidade em um Estado com mais de 1,2 milhão de hectares de Unidades de Conservação”, afirmou. 

O Parque Estadual do Guartelá foi criado por Decreto em 1996 como área de proteção integral, com rico patrimônio natural e arqueológico da região do cânion do Rio Iapó. Localizado no município de Tibagi, sua área total é de 798 hectares. A proposta prevê a concessão de cerca de 170 hectares deste total.

Além disso, o local abriga cachoeiras, fontes, nascentes e espécies de fauna e flora nativas. Espécies como o lobo-guará, a jaguatirica, o veado, o gavião-pombo e a capivara podem ser observadas na área do parque.

Há, ainda, atrações como a cachoeira da Ponte de Pedra, com aproximadamente 180 metros de altura, e o Córrego Pedregulho, que forma cascatas e “banheiras” naturais. O local permite caminhada por trilhas interpretativas, contemplação da paisagem, visita a sítios pré-históricos, além de piscinas naturais conhecidas como “panelões” ou “panelas de sumidouros”.

O superintendente-geral de parcerias da Sedest, Ágide Meneguette, explicou os investimentos obrigatórios a serem feitos pela iniciativa privada e a viabilidade econômica que o local oferece. “Privatizar é uma coisa e conceder é outra. Em um, entregamos o privado e o vendemos; e no outro, apenas concedemos essa exploração por um período determinado e os benefícios retornam aos paranaenses”, disse.

De acordo com ele, a proposta segue a modelagem adotada no Parque Vila Velha. “Vila Velha virou um modelo nacional de concessão de parques. Então o Paraná foi o precursor nessa modelagem e estamos, inclusive, mostrando isso a outros Estados”. O parque, com a concessão, passou de 25 mil visitantes para cerca de 70 mil visitantes em um ano, acrescentou.

“É um ato importante onde damos as mãos junto com o Estado e conseguimos dar as melhores tratativas e investimentos para transformar o parque numa área utilizada pelos paranaenses. É fundamental que o visitante tenha essa sensação de lazer e entretenimento junto com a preservação”, disse o diretor-executivo do Grupo Soul Parques, Carlos Eduardo Guimarães. O grupo administra os atrativos de Vila Velha pelo modelo de concessão desde 2019.

O processo licitatório será na modalidade concorrência, em duas fases: uma da classificação de propostas econômicas e outra da análise de documentação. É possível conhecer toda a proposta AQUI.

TURISMO

Para o diretor-presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, uma concessão no momento atual de retomada do turismo é uma vitória. “A oferta de serviços, o conforto e a hospitalidade passarão sempre pelos recursos da iniciativa privada. Precisamos ter o investidor, que é aquele que pode fazer de um parque um local de conforto e hospitalidade”, afirmou.

Para o membro do Conselho do Grupo Cataratas, Roberto Trauczynski, o uso público de áreas de conservação é a melhor ferramenta de conservação pelos monitores e turistas. “É o grande caminho para proporcionar que a população utilize essas áreas. O Governo do Estado está acertando em dar liberdade à criatividade empresarial e todo o processo tem a proteção de legislação e Plano de Manejo do que pode ou não fazer”, destacou.

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