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Governo investe R$ 9,8 milhões em proteção aos direitos humanos nas universidades

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Governo do Estado reestruturou o Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (Neddij) e o Núcleo Maria da Penha (Numape), programas estratégicos desenvolvidos pelas universidades estaduais do Paraná. As duas iniciativas promovem, de forma qualificada e gratuita, atendimento jurídico para crianças, adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade econômica e de violência doméstica e familiar.

Ambas as ações contam com recursos oriundos do Fundo Paraná, dotação administrada pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), destinada ao financiamento de programas estratégicos e projetos científicos, tecnológicos e de inovação. Entre 2019 e 2021, foram aplicados R$ 5,4 milhões no Neddij e R$ 4,4 milhões no Numape. Em 2022, a previsão orçamentária gira em torno de R$ 1,9 milhão e R$ 1,6 milhão, respectivamente.

Nesta nova fase, a quantidade de bolsistas das instituições de ensino pode ser alterada, mediante avaliação de desempenho, com base no número de processos judiciais eletrônicos gerenciados pelos respectivos núcleos e no total de atividades acadêmico-científicas e de orientação nas áreas interdisciplinares. O intuito é continuar aprimorando o uso dos recursos públicos para atender as demandas da população paranaense de forma eficiente.

O coordenador da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), Luiz Cezar Kawano, destaca que os núcleos formam uma rede de proteção aos direitos humanos, com atuação de equipes multidisciplinares. “O trabalho integra a área do Direito com os campos da Psicologia e Pedagogia e do Serviço Social, propiciando uma cultura de respeito aos direitos da infância e da juventude e de promoção dos direitos humanos e de combate à violência contra as mulheres”, afirma.

Ele explica que os programas fornecem informações relacionadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e às legislações de preservação dos direitos das mulheres. “Nossa ideia é facilitar o acesso à justiça para jovens e mulheres em situação de risco e vítimas de violência doméstica e familiar”, diz o gestor.

Alcance

O Neddij soma, atualmente, 4.617 processos ativos. Em relação às atividades de cunho acadêmico-científico, o programa fez 4.934 atendimentos, entre acolhimentos psicológicos e orientações pedagógicas e sociais, além de 5.037 projetos de formação, como eventos, oficinas e cursos de sensibilização e conscientização sobre os direitos das crianças e dos adolescentes.

A coordenadora estadual do Neddij, professora Amália Regina Donegá, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), destaca o trabalho de mobilização para preservar os direitos da infância e juventude.

“É fundamental articular parcerias com outras instituições que integram a rede de proteção às crianças e adolescentes dos municípios do Paraná para resguardarmos os seus direitos fundamentais com absoluta prioridade, como o direito à vida, liberdade, respeito e dignidade, com acesso à alimentação, cultura, convivência familiar e comunitária, educação, esporte, profissionalização, lazer e saúde”, afirma.

Já o Numape contabilizou, em maio deste ano, 3.619 processos em tramitação no Judiciário – 762 casos na Vara de Família e 2.857 processos amparados pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006); e 399 ações ajuizadas em conformidade com a legislação que trata, especificamente, da violência doméstica e familiar contra as mulheres. Em relação às decisões judiciais, foram 477 pedidos deferidos e 210 processos concluídos em 1ª e 2ª instâncias. O programa também somou 675 audiências realizadas entre os meses de março e maio.

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