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Governo do Estado teme mudanças em lei do ICMS

Foto aérea mostra Palácio Iguaçu, em Curitiba, ede do governo do Paraná

(Foto: Arquivo)

O Governo do Paraná teme que que a proposta aprovada pela Câmara Federal, na quarta-feira (25), que reduz a alíquota do ICMS para 17%, tende a causar prejuízos ao orçamento do Paraná, com impacto direto no equilíbrio das contas públicas. A medida atingiria os segmentos de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações (PLP 18/2022), classificados como setores essenciais e indispensáveis. O texto segue agora para análise no Senado.

A estimativa da Secretaria de Estado da Fazenda é de uma perda de receita de R$ 6,33 bilhões, sendo R$ 2,04 bilhões em combustível, R$ 2,07 bilhões em energia elétrica, R$ 610 milhões em telecomunicações e R$ 1,39 bilhão com a retirada do ICMS sobre as tarifas de uso de transmissão e de distribuição de energia elétrica (TUST, TUSD). Esse valor equivale a uma redução de 17,4% na arrecadação de ICMS do Paraná prevista na Lei Orçamentária Anual 2022 (LOA), com igual impacto nos repasses obrigatórios aos municípios e outros Poderes.

Conforme detalhado pelo Governo Federal, o projeto também determina uma compensação aos estados pela perda com a arrecadação do imposto. Segundo o texto, haverá, até 31 de dezembro de 2022, uma compensação paga pelo governo federal aos estados pela perda de arrecadação do imposto por meio de descontos em parcelas de dívidas refinanciadas desses entes federados junto à União.

No entanto, essas compensações só seriam pagas sobre as penas ocorridas durante o ano de 2022. Isso é um problema para os estados, considerando que, a partir da publicação da futura lei, o estado que tiver rebaixado alíquotas para combustíveis, energia elétrica e gás natural não poderá aumentá-las.

Repasses

“O projeto de lei que tramita no Congresso traz uma complicação gravíssima para os estados, pois não é só a perda de arrecadação, mas a incapacidade de fazer frente às demandas sociais com investimentos na área da educação, saúde e segurança pública”, afirma o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior.

O ICMS é a principal fonte de arrecadação dos governos, mas não fica integralmente no caixa do Estado, provocando um efeito cascata nos orçamentos públicos. Do total, 25% do valor é repassado para os municípios e 20% para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Há, ainda, a necessidade de se investir 25% em educação e 12% na saúde, dentre outras vinculações obrigatórias, conforme as Constituições Federal e Estadual.

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