A escolha do partido pelo qual os pretendentes a um cargo eletivo vão disputar as eleições em 2022 é um momento fundamental do processo eleitoral. Neste sentido, a filiação recente do presidente da República, Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL), depois de ficar dois anos sem partido deve ser fundamental para que muitas lideranças definam os novos rumos para a disputa eleitoral no próximo ano.
A tendência, inclusive, é muitos ocupantes de cargos eletivos acabem escolhendo também se filiar ao PL, o que deve acontecer em especial com os atuais filiados ao PSL, já que a escolha de muitos deles à sigla aconteceu justamente pelo fato de Bolsonaro ter se filiado à legenda para disputar a presidência em 2018. Outros, por exemplo, podem não ir para o PL, mas a tendência é que se filiem a partidos que vão coligar com o Partido Liberal nas eleições majoritárias. Além da escolha partidária feito pelo presidente, as chances de eleição também é o que norteia a escolha de cada um.
No Paraná, deputados apoiadores do presidente já foram convidados a compor o Partido Liberal. A deputada federal Aline Sleutjes, vice-líder do governo no Congresso Federal, é uma das parlamentares da base de Bolsonaro que deve mudar de legenda. No primeiro mandato e atualmente filiada ao PSL, Aline afirma que também é cotada pelo Progressistas (PP) e Partido Social Cristão (PSC). Nesta semana, inclusive, a deputada participaria de uma reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que sinalizou interesse na candidatura de Aline para o ano de 2022 ao cargo de deputada federal ou até mesmo para o senado.
Filipe Barros, outro deputado federal paranaense filiado ao PSL, também deve mudar de partido. Ele destaca, no entanto, que está avaliando as propostas, mas ainda não definiu em qual legenda se filiará. O mesmo acontece com o deputado federal Felipe Francischini, também no PSL.
Mudanças também podem acontecer entre os quatro deputados estaduais atualmente filiados ao PSL. O dcmais entrou em contato com os deputados Coronel Lee, Luiz Fernando Guerra, Delegado Fernando Martins e Ricardo Arruda, por meio de seus gabinetes. De todos, o único que se manifestou foi o deputado Ricardo Arruda. Segundo a assessoria do deputado, a tendência é que Arruda acompanhe Bolsonaro e também se filie ao PL no próximo ano.