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Estimativa da Safra de Verão aponta redução na área plantada de feijão e milho na região dos Campos Gerais e aumento do cultivo de soja

 

Área plantada de milho deve reduzir de 112 mil hectares para 100 mil hectares nesta safra

 

 

A primeira estimativa da Safra de Verão 2014/15, do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa, aponta que haverá redução na área plantada de milho e feijão. Já o cultivo da soja deverá permanecer estável.

Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, José Roberto Tosato, a área plantada de milho deverá reduzir entre 15% e 20% em relação ao ciclo anterior, totalizando cerca de 100 mil hectares. Essa recuo se deve aos estoques mundiais, como na China, por exemplo, que tem grande volume de milho a ser comercializado. Outra situação está  atrelada à boa safra americana, que será colhida “Como o estoque de milho é grande, haverá dificuldades para exportar, já que esses estoques mundiais comandam os preços”, frisa. Hoje, a saca de 60 quilos é comercializada entre R$ 17 e R$ 22, o que cobre, conforme o engenheiro, apenas os custos de produção.

Diante deste cenário, muitos produtores estão receosos em cultivar milho. Em algumas cidades da região,  como Reserva, Tibagi, Ventania e Arapoti já começaram a plantar, mas a maior concentração de plantio deve ocorrer a partir do próximo dia 15. A expectativa é que o rendimento médio tenha uma variação de 8,5 mil quilos por hectare a 9,5 mil quilos por hectare, no entanto, há áreas com histórico de 10,5 mil quilos por hectare a 12 mil quilos por hectare.

Já com relação a soja, a primeira estimativa aponta para uma área plantada de 535 mil a 540 mil hectares, ou seja, em torno de 2% a 3% maior do que na safra passada. Conforme Tosato, o que motivou a estabilidade na área plantada de soja é a garantia de comercialização e os preços razoáveis. Hoje, a saca de 60 quilos é comercializada entre R$ 56 e R$ 57. Já para quem tem soja disponível no mercado o preço varia de R$ 60 a R$ 62. Com relação ao mercado futuro, conforme o engenheiro, muitos produtores estão com receio de fazer a venda antecipada, já que no decorrer da safra o preço pode melhorar. “No ano passado o preço estava razoável, mas  agora não atinge nem R$ 50 para o mercado futuro”, diz.

O Deral estima que o rendimento médio da soja deve ficar entre 3,4 mil a 3,7 mil quilos por hectare,mas alguns produtores, dependendo das condições do clima, conseguem obter 4 mil quilos por hectare.  O plantio da cultura começa  a partir do dia 5 de outubro. A concentração de colheita ocorre a partir do dia 10 de março e se estende até o dia 25 de abril.

Feijão

Assim como deve ocorrer com o milho, o feijão das águas ou primeira safra também terá redução na área plantada. A estimativa aponta que serão plantados 44 mil hectares, ou seja, 9 mil hectares a menos do que no ciclo anterior, quando somou 53 mil hectares. Conforme o engenheiro, os preços ruins, devido o excesso da oferta, desmotivaram o plantio da cultura. Hoje, o feijão de cor – que representa cerca de 70% da primeira safra- é comercializado entre R$ 40 a R$ 60 a saca de 60 quilos, sendo que R$ 40 está sendo pago pelo feijão que já perdeu qualidade. Já o preto é vendido entre R$ 80 a R$ 100 a saca de 60 quilos. A cultura começou a ser plantada no final de agosto em Reserva, Ortigueira, Arapoti, Ventania, Sengés e Jaguariaíva e a colheita ocorre a partir da primeira semana de novembro.

 

 

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