O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) recebeu, durante o Show Rural Coopavel 2017, em Cascavel, uma nota técnica sobre o uso de métodos e tecnologias de destinação de animais mortos nas propriedades rurais de todo o Estado.
O documento, formulado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), irá orientar o instituto quanto ao licenciamento ambiental de novos empreendimentos de produção animal para que o descarte de animais mortos passe a ser feito com maior segurança sanitária e ambiental.
A nota técnica, acompanhada do Manual de Boas Práticas da Embrapa, apresenta os parâmetros essenciais a serem observados no licenciamento ambiental, e o produtor de suínos e aves poderá acessar as orientações sobre o tratamento das carcaças desde a constatação da mortalidade até a disposição final no solo como biofertilizante.
O documento foi formulado para subsidiar a normatização da destinação de animais mortos dentro das propriedades rurais, com base em estudos disponíveis para o tratamento de animais mortos por meio de pesquisas desenvolvidas pelo setor.
Nós trouxemos nessa nota técnica vários parâmetros que precisam ser atendidos e ser claramente definidos. Organizamos todas as informações geradas a partir da pesquisa e de fabricantes em um procedimento que irá subsidiar o IAP no sentido de avaliar os processos que estão em andamento hoje e adequá-los para que sejam cada vez mais eficientes, explicou o coordenador do projeto da Embrapa, Everton Krabbe.
Para o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, o documento é fundamental para que o instituto tenha segurança quanto às normatizações. A nota técnica traz ao IAP maior segurança no momento de licenciar atividades de suinocultura e de avicultura. Agora vamos nos reunir e discutir isso para avaliar como essas informações serão incluídas na rotina do licenciamento em todo o estado.
A Embrapa também apresentou no evento um manual de boas práticas que poderá ser acessado pelos produtores rurais. A ideia é que eles tenham em mãos o conhecimento do que pode ser feito dentro de sua propriedade rural para destinar os animais mortos, garantindo a melhora na qualidade da produção e, inclusive, a biossegurança do país.
Uma compostagem bem feita reduz o risco biológico, uma compostagem mal feita não garante uma segurança plena de contaminação de risco biológico e isso põe toda a produção em risco. Consequentemente, os resultados irão surgir, diz Everton.
Espaço reúne informações
O estudo do instituto foi feito atendendo pedido do Programa Oeste em Desenvolvimento. A proposta é solucionar os problemas que são encontrados dentro das cadeias propulsivas, compostas por membros da sociedade civil organizada, da região Oeste do Estado.
A questão da destinação das carcaças foi levantada por diversas câmaras técnicas desde o início do Programa, então a ideia é juntar em um espaço de discussão pessoas e instituições que consigam dar encaminhamento para esses problemas, afirma Rafael Campos, sistematizador da Câmara Técnica de Meio Ambiente, do Programa Oeste em Desenvolvimento.