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Emater mostra sistema semi-hidropônico para produtores regionais

O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apresentou, na última quarta-feira, em Ponta Grossa, na 16ª Mostra Tecnológica de Inverno, evento realizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o sistema semi-hidropônico para os produtores rurais e estudantes da região. O modelo de plantio é adotado há anos pelos europeus, mas está sendo difundindo agora no Brasil.

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Heitor Fiuza Junior, neste sistema o produtor plantará a cultura (frutas, folhosas e flores) em um saco com substrato de casca de arroz carbonizado. O espaçamento é feito de acordo com o indicado para cada planta.

Neste sistema, que pode ser utilizado não só na área rural, mas também por donas de casas que têm pouco espaço no quintal ou por pessoas que moram em apartamentos, o saco de cultivo fica suspenso em uma espécie de prateleira, o que facilitar tanto na hora do plantio quanto na colheita.

O agrônomo explica que a planta não tem contato com o solo, portanto se colhe um produto final limpo. Ele exemplifica a cultura do morango, fruta que plantada neste sistema não tem contato com o solo, permitindo que ambos os lados recebam a mesma quantidade de sol, resultado em uma fruta de cor vermelha e não com partes brancas. “Ela fica com a cor igual porque cresce suspensa”, explica.

Cultivo

Não há problema com mato e fungo do solo e o saco de cultivo pode ser utilizado de dois a três anos. Um saco, com medida de 1,5 metros, custa em torno de R$ 10, porém quando adquirido em quantidade pode ficar mais barato.

Arroz

O agrônomo explica que o arroz foi escolhido para compor o substrato por não ser poroso, portanto não compacta como a terra e não encharca.

Consumidor

O consumidor de produtos semi-hidropônicos tem a garantia de um alimento mais limpo. O controle pode ser fisiológico e biológico e quanto houver a necessidade de aplicação será menor.

Saco de cultivo pode ser utilizado para frutas, folhosas e flores

Foto: Fábio Matavelli

Sistema utiliza pequeno volume de água

Diferente do sistema hidropônico, que precisa de grande volume de água para a circulação contínua, no semi-hidropônico a quantidade para irrigação é menor, além de o produtor conseguir adaptar o saco de cultivo em qualquer lugar.

O agrônomo conta que aviários desativados estão sendo utilizados por produtores para o sistema semi-hidropônico, mas que qualquer espaço pode ser adaptado e receber uma estufa.

Agrônomo mostra fita no sistema de irrigação de culturas

Foto: Fábio Matavelli

 

Estação Experimental do Iapar completa 95 anos

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) comemorou, na última quarta-feira, os 95 anos de fundação da sua Estação Experimental em Ponta Grossa, polo regional de pesquisa. Na oportunidade foi realizada a 16ª Mostra Tecnológica de Inverno, que atraiu mais de 150 produtores rurais, estudantes e profissionais da área agrícola da região.

Para o diretor de Pesquisa do Iapar Londrina, Tiago Pellini, que esteve em Ponta Grossa, nestes 95 anos deve ser lembrado o esforço dos técnicos, administradores, produtores e de todos os setores que apoiaram o trabalho de pesquisa.

Segundo ele, é preciso continuar olhando para o futuro. “O planejamento de hoje vai garantir a agricultura do futuro”, fala ao comentar sobre a importância de se produzir alimentos com qualidade, mas, sobretudo, com olhar para o meio ambiente com a agricultura sustentável.

Mostra Tecnológica atraiu mais de 150 participantes

Foto: Fábio Matavelli

 

 

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