A Emater promove até o final de dezembro, em todo o Paraná, 15 eventos chamados de Giro Técnico. Eles fazem parte das ações programadas pela Campanha Plante seu Futuro, que procura difundir a adoção de boas práticas agrícolas entre produtores de soja e milho no Estado.
Nos encontros, que acontecem com apoio da Embrapa em propriedades consideradas referência, os participantes veem o resultado da adoção de tecnologias de manejo integrado de pragas e doenças, de aplicação correta de agrotóxicos e do uso de inoculantes para fixação biológica de nitrogênio da atmosfera pelas plantas.
Os técnicos da Emater esperam receber cerca de 600 participantes, entre agricultores e técnicos. O trabalho começa nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado. Nas próximas duas semanas será no Noroeste e no Norte do Paraná – em Maringá, em 6 de dezembro; Itambé e Engenheiro Beltrão, no dia 7; Ourizona e Floraí, dia 8; e Marialva e Arapongas, em 9 de dezembro. Continua, em Londrina, dia 13, Sertanópólis (15) e em Santa Mariana, em 16 de dezembro.
Prática
As lavouras consideradas unidades de referência, visitadas agora por técnicos e sojicultores, são de produtores colaboradores que aceitaram o desafio dos extensionistas da Emater de apenas usar venenos para o controle de doenças e pragas em caso de necessidade e não de forma preventiva.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Nelson Harger, a ferrugem é a principal doença que aparece na cultura da soja. Os sojicultores paranaenses durante a safra, em média, chegam a fazer três aplicações de fungicidas para enfrentar o problema. A maioria, por medo do prejuízo, faz esse tratamento de forma preventiva mesmo sem identificar a presença da doença na lavoura.
Para orientar os sojicultores, a Emater instalou nas várias regiões produtoras de soja 60 equipamentos chamados coletores de esporos. Eles são monitorados todas as semanas e as suas lâminas de coleta analisadas em pequenos laboratórios, disse Harger.
Ele explica que o alerta para tratamento das lavouras apenas é feito quando na região de instalação desses coletores é constatada a presença do fungo causador da ferrugem. Caso contrário, o sojicultor pode ficar tranquilo e evitar o gasto com veneno, completa.
Encontros reúnem produtores e técnicos rurais Foto: Divulgação